Essencia de Mulher

Um blog para mulheres e homens de mente aberta

quinta-feira, novembro 24, 2005

Pedro Afonso... um nome a fixar

Vida Bravia


Tenho poesia presa no peito,
pronta a esvoaçar como pássaros coloridos
pintando as folhas nuas da minha alma...
minha tela, meu pensamento imaginado,
minha mulher de canela sensual
a poesia descreve tuas coxas, teus seios, teus contornos de mulher bravia
tua boca, linda, louca, madura,
fazes rodopiar minha pobre poesia.

Naquela noite de lua mãe...
o luar percorre teu corpo sem vergonha
os querubins cantam árias entre teus cabelos
entre cada curva sinuosa de teu corpo de mulher feita,
perdi horas nessa noite...a olhar para ti...
Descobri esses olhos negros, eclipsados,
pérolas negras, enfeitiçadas pela noite e as estrelas

vi-te como um poeta...
Fechei os olhos....e realmente vi-te
vi todo esse sentimento lindo que rodeia a tua alma
toda essa emoção que brota do teu coração
que quase a esta distancia se podia saborear,

como felina selvagem, lenda, mito nunca visto ou provado
desapareces no mesmo silêncio que te fez nascer.


Pedro Afonso

In "O Gesto do Vento"

Pedro Afonso, um nome a fixar . Jovem poeta, com um livro já editado: O Gesto do Vento e com muitos projectos a caminho. Obrigada Pedro Afonso pelo privilégio concedido de publicar aqui este poema.

quarta-feira, novembro 23, 2005

Confiança a quanto obrigas...

Cresci a ouvir do meu pai uma frase: no dia em que deixar de confiar em ti é para o resto da vida. Durante muitos anos achei que era uma frase sábia e que fazia muito sentido. Pautei a minha vida por esse dito. Era importante para mim fazer de tudo para não desiludir ninguém, nem para que perdessem a confiança em mim. Esta situação condicionou-me em muitas coisas, principalmente durante a adolescência e parte da juventude. Eu não tinha a noção do que era a confiança, até onde era razoável ir, onde estavam os limites do aceitável. Lógico que não me passava pela cabeça mentir nem ocultar nada, então restava-me ser exemplar. Mas quem é que não aceita determinadas irreverências próprias dos jovens? Mais tarde acabei por sentir que aquela frase que tantas vezes o meu pai repetia eram quase como que umas algemas que me tinham posto.
Penso que há que impor limites e conhecer os limites dos outros, depois trata-se mais de uma questão de respeito. Por vezes a confiança está associada também às inseguranças das pessoas ou ao desejo de controlar. Como mãe foi frase que nunca disse aos meus filhos. Procuro manter um diálogo aberto para que não tenham necessidade de me ocultarem nada e procuro que eles entendam que errar faz parte de todo um processo de aprendizagem. Se errarem não vou deixar de ser mãe deles nem de os amar da mesma forma. Hoje realmente vejo as coisas de uma forma bem diferente. Pela minha experiência de vida se tivermos capacidade de aceitação em relação aos outros a perda de confiança só se dá quando realmente sentimos que uma relação já deu o que tinha a dar.

segunda-feira, novembro 21, 2005

90-60-90

90-60-90 são medidas de que todos já ouvimos falar. Medidas padrão de uma mulher perfeita físicamente. Ao longo dos tempos a moda vai variando, mas as preocupações acerca das medidas cintura e ancas de uma mulher quase sempre estiveram presentes. Espartilhos para afinar a cintura, armações na roupa para fazer sobressair as ancas não são novidade. Talvez tudo isso não seja assim tão descabido e tenha a sua razão de ser. Devendra Singh, psicólogo americano, ao longo da sua vida procurou obter respostas sobre a proporção das medidas cintura-ancas e o impacto causado no poder de sedução. Entre os anos 60 e 80 começou por estudar modelos da Playboy e candidatas a Miss América e constatou que apesar de serem cada vez mais magras a proporção cintura-ancas mantinha-se igual. Para tentar descobrir se isto seria um fenómeno universal, Singh fez esboços de 12 mulheres, 4 magras, 4 de estrutura média e 4 relativamente pesadas e manipulou a proporção cintura-ancas. Pediu a um grande número de pessoas, de várias idades, raças e estratos culturais para calssificarem as mulheres com base no seu poder de sedução. A eleita foi de longe a mulher de estrutura média com menor valor de proporção cintura-ancas. Apercebeu-se também que as mulheres não eram escolhidas pelo peso mas pelo valor da razão entre a cintura e as ancas. Os esboços foram levados de Hong Kong para a Índia, de África para os Açores e os resultados foram sempre os mesmos: não importava o peso, mas a proporção cintura-ancas para definir o poder de sedução. Para finalizar Singh resolveu mostrar as imagens a uma das tribos mais primitivas da Terra, os Shiwiar da floresta Amazónica. Nem foram precisas muitas perguntas. Apontando para uma mulher de estrutura média com proporção cintura-ancas muito pequena, um homem da tribo simplesmente disse: esta é a mais bonita, pode ter 6 ou 8 filhos. De certa forma isto levou o psicólogo a concluir que também existe uma relação entre o poder de sedução, a proporção cintura-ancas e a capacidade de ter filhos, além de que esta relação existe na mente de todos os homens para ajudá-los a encontrar as parceiras com mais possibilidade reprodutiva. Para reforçar esta tese, um estudo na Holanda mostrou que mulheres submetidas a fertilização in vitro com menor proporção no valor cintura-ancas têm mais hipótese de conceber.
Curiosidade: Devendra Singh concluiu que os valores do quociente entre a medida da cintura e das ancas deve variar entre 0.68 e 0.72.
Muitos estudos já foram feitos e vão continuar a ser feitos sobre o comportamento humano. Penso que certas coisas já trazemos connosco desde os tempos mais remotos e que nos fazem agir quase como que por instinto. Os instintos de sobrevivência e de manutenção da espécie sempre estiveram presentes e sempre estarão.

sexta-feira, novembro 18, 2005

Vontade de Abraçar...

De repente me deu vontade de um abraço...
uma vontade de entrelaço, de proximidade...
de amizade, sei lá...
Talvez um aconchego que enfatize a vida
e amenize as dores...
Deu vontade de poder rever saudade
de um abraço.
Só sei que me deu vontade desse abraço...
Vinícius de Morais

Eu adoro abraços! Já repararam que quando abraçamos alguém por alguns instantes os corações começam a bater ao mesmo tempo? Bom fim de semana e um grande abraço para vocês.

Jardim Secreto

É sempre bom termos um lugar onde nos possamos refugiar. Onde nos sintamos seguros, em paz, um lugar só nosso, e onde seja possível ir a qualquer momento. Deixo aqui uma sugestão: Criar esse lugar dentro de si mesmo.
Das primeiras que fizer o que lhe vou sugerir é melhor fazê-lo quando dispôr de um momento em que possa estar à vontade e sem ser incomodado. Depois de alguma prática é possível aceder ao "seu cantinho" sempre que quiser, mesmo estando na maior das confusões. Nunca o faça se estiver a conduzir ou a fazer algum trabalho que requeira a sua atenção e possa pôr em perigo a sua integridade física.
Encontre um local calmo, desligue o telemóvel e certifique-se que não vai ser incomodado. Deite-se ou sente-se com as costas o mais direitas possivel. Encontre uma posição que lhe seja confortável. Pode por música de fundo, de preferência sem voz humana para não desviar a sua atenção do que vai fazer. Feche os olhos. Faça 3 inspirações bem profundas. Procure relaxar os pés, as pernas, o tronco, os braços, as mãos, o pescoço e por fim a cabeça. Tente concentrar-se na sua respiração por breves instantes. Agora imagine que está numa praia. Vá caminhando à beira-mar. O mar está calmo, a temperatura amena. Sinta a areia fina e branca nos seus pés, e a àgua que de vez em quando os molha. Continue caminhando, devagar, sem pressa, usufruindo de tudo o que o cerca. Ao fundo vê um gruta. Dirija-se para lá e... entre. Lá dentro vê uma escada. Comece a desce-la devagar. Quando chegar ao fim tem diante de si um imenso jardim. É o seu jardim. Vai criá-lo a seu gosto. Com relva, flores, àrvores, um lago ou um rio, uma pequena cascata... como quiser. Este jardim é seu. Nele pode deitar-se na relva e ficar a olhar o céu, abraçar-se a uma àrvore e sentir a sua energia, enfeitar-se com flores, dançar, rir, gritar, chorar, mergulhar no rio. Neste "seu mundo" tudo é possível, até respirar debaixo de àgua e permanecer lá o tempo que quiser. Pode colocar-se debaixo da cascata e sentir que a àgua o limpa de tudo o que não lhe interessa: as preocupações, os medos, as dúvidas, as angústias... faça o que quiser. Aí tudo pode acontecer. Podem até surgir a presença de pessoas que conhece ou não, de animais com quem pode falar. Deixe que tudo lhe ocorra na sua mente, mas não se prenda a nenhum pensamento. Terá tempo para o fazer quando sair do "seu jardim". Deixe fluir, até mesmo as ideias que lhe possam parecer disparatadas. Deixe as coisas acontecerem. Quem sabe descobre muito de si mesmo e até soluções para os seus problemas. Quando quiser pode sair... suba as escadas, saia da gruta, caminhe de regresso pela praia e quando se sentir preparado abra os olhos. Espreguice-se e... levante-se devagar.
No fundo aquilo que acabou de fazer foi uma "viagem" ao seu interior. Das primeiras vezes é natural que sinta uma certa ansiedade, que não consiga parar de controlar os pensamentos, que pense que não está a fazer as coisas bem, que se sinta confuso, ridículo, mas... com o tempo e a prática vai ver como é bom ir ao "seu jardim" e ficar por lá nesse "mundo" que é só seu, onde tudo é possível . Vai ver o quanto pode aprender sobre si e sobre o mundo que o rodeia. O quanto isso o pode ajudar no seu dia a dia. Talvez muitas coisas não consiga perceber, porque são simbólicas, mas com o tempo acabará por entender.
Aqui fica esta minha sugestão. Qualquer dúvida estou aqui sempre para o que for preciso.
Cuide do seu jardim... isso trazer-lhe-à muito frutos!

segunda-feira, novembro 14, 2005

Problemas...

"Ter problemas na vida é inevitável, ser derrotado por eles é opcional"

Eu penso que os problemas tomam a dimensão que lhes quisermos dar. Quanto mais pensamos neles, parece que mais longe está a solução. Somos invadidos por medos e por dúvidas que nos bloqueiam. Se surgem problemas na nossa vida, talvez seja bom pensarmos em mudar as nossas atitudes, é porque temos algo a aprender. Sei o quanto é difícil fazermos uma análise a nós mesmos. Sei que é difícil tomarmos a responsabilidade de tudo o que acontece na nossa vida. É mais fácil encontrar sempre algo ou alguém a quem responsabilizar pela nossa "má sorte". Eu procuro estar sempre grata por tudo o que me acontece, por vezes é complicado, sou humana, mas também já foi mais difícil. Tento também aceitar as coisas como são. Não digo que deixemos as coisas ao acaso. Mas por vezes, para mim, é melhor reflectir um pouco, ver o que posso aprender, mudar o que posso mudar e... deixar fluir. As soluções acabam por vir ter comigo e acabo por entender o porquê de muita coisa. A serenidade é importante. A paz de espírito interior é um bem precioso. Sentirmos que estamos a dar o nosso melhor a cada momento é fundamental. Mas isto é a minha maneira de sentir as coisas. Muita paz é o que vos desejo agora e sempre!

sexta-feira, novembro 11, 2005

O "peso" das palavras


GRUPO A

" Ganhar não é tudo, é a única coisa"

(Vince Lombardi, ex-treinador dos Green Bay Packers)

"Porquê ser um homem quando se pode ser um sucesso?"

(Bertolt Brencht, poeta, director teatral, dramaturgo)

"Sucesso é a pessoa que, ano após ano, alcança os limites mais elevados do seu campo"

( Sparky Anderson, ex-gestor de basebol)

Grupo B

"O sucesso é uma viagem e não um destino. Normalmente, o modo como fazemos as coisas é mais importante do que o resultado final. Nem todos podem ser os primeiros"

(Arthur Ashe, tenista)

"O sucesso não é um destino que alguma vez se alcance. O sucesso é a qualidade dessa viagem"

( Jennifer James, antropologista)

" O homem é um sucesso se se levantar de manhã e se deitar à noite, e se durante esse período tiver feito tudo o que lhe apeteceu"

(Bob Dylan, músico)

Se quisessem incentivar alguém a ter sucesso, qual dos grupos de frases, A ou B, escolheriam? Conseguem perceber a diferença entre os dois grupos? Ao dizermos ou escrevermos certas coisas, mesmo com boa intenção, podemos provocar reacções adversas às que pretendemos. As palavras, as frases, têm muito mais "peso" e significado do que por vezes lhes damos. Certas frases podem mudar a vida de uma pessoa, para o bem ou para o mal. Algumas vezes julgamos que estamos a dar incentivo a uma pessoa e estamos a derrotá-la. Ao longo do tempo também adquirmos vários hábitos de linguagem, usamos certas palavras, frases, que podem ser-nos prejudíciais, acabam por se converter na nossa realidade. Quantas vezes dizemos: eu nao consigo, sou tão burro(a), estou farto(a), a vida é complicada, odeio isto ou aquilo, está tudo contra mim, so me apetece fugir... Tentem rever que género de frases usam com mais frequência e analisem como é a vossa vida!

Errata 2



Já devem ter reparado que o quadro de José Malhoa não se encontra do lado direito, como escrevi, mas em cima. Eu e estas tecnologias nem sempre nos damos muito bem. Peço desculpa. Estou a procurar aprender. Isto de ser "caloira" tem que se lhe diga. Obrigada pela vossa compreensão.

S. Martinho



Queria desejar-vos um bom dia de S.Martinho. Deixo-vos aqui um quadro de José Malhoa (lado direito), de 1907, "Os bêbados ou festejando o S.Martinho". Encontra-se no Museu José Malhoa nas Caldas da Rainha. Deixo-vos também umas anotações da vida de S.Martinho:
Algumas datas mais importantes da vida de S. Martinho
316 - Nasce S. Martinho, filho de um oficial romano, na Panónia (região da actual Húngria).
326- Com apenas 10 anos e por sua vontade torna-se catecúmeno (aspirante a cristão).
330- É obrigado a ir para o exército onde pratica o ideal cristão de humildade e generosidade.
337- Dá-se o episódio lendário em que S. Martinho partilha a sua capa de soldado com um pobre. Em data indeterminada S. Martinho abandona o exército.
354- S. Martinho chega a Poitiers onde se desloca para se juntar a Santo Hilário. Mas logo a seguir vai para a Itália com o objectivo de rever a família e evangelizar os seus conterrâneos.
355-360- S. Martinho é expulso da sua própria terra (por causa do Arianismo) e passa um tempo isolado na ilha de Galinária, no meio do Mar Tirreno.
361- S. Hilário volta para Poitiers e S. Martinho também.
361- Funda uma comunidade monástica (a primeira da Gália) em Ligugé, a 6 km de Poitiers.
371- S. Martinho torna-se Bispo de Tours, cargo que ocupará cerca de 26 anos até à sua morte.
372- Funda a comunidade monástica de Marmoutier, perto de Tours.
397- S. Martinho morre em Candes perto de Tours. No dia 11 de Novembro é enterrado com pompa e circunstância na cidade de que fora Bispo durante mais de um quarto de século.
Obtive estes dados no blog: www.smartinho.blogspot.com onde podem obter muito mais informações. A todos vocês ergo o meu copo de àgua pé e vos saúdo!

segunda-feira, novembro 07, 2005

Para pensar...

Quantas vezes deixamos de fazer certas coisas com medo de sofrer, com medo do desconhecido, com medo de errar, com medo das críticas, com medo da mudança, com medo de arriscar, com medo de desafiarmos as nossas limitações... por insegurança, por acomodação, por preguiça, por adiarmos, por crenças, por egoismo, por teimosia...?Quantas vezes perdemos oportunidades? Quantas vezes a vida passa-nos ao lado? Quantas vezes?

domingo, novembro 06, 2005

Partilhar é...

Já começam a aparecer os enfeites de Natal. O espírito Natalício é que demora sempre mais tempo a surgir e em algumas pessoas nem sequer dá sinais de vida. Ouvi muitas vezes dizer que o Natal é quando o Homem quiser, mas já que raramente isso acontece, ao menos que uma vez por ano ele seja celebrado.
Há uns anos atrás, dei catequese num colégio católico. Sempre procuro basear o que ensino na vivência, na prática das coisas. Quando os meus filhos nasceram, li muitos livros para tentar dar-lhes o melhor. As crianças não nascem com livros de intruções. Fui, no entanto, chegando à conclusão que não existem "receitas" para educar, e fazer feliz um filho. Para mim a melhor educação está nos exemplos que lhes damos, naquilo que eles observam e sentem no dia-a-dia, no Amor. Procurei dar as aulas de catequese de modo a que as crianças se entusiasmassem. Em vez de "debitar" matéria, quis que elas sentissem através de exemplos práticos aquilo que eu lhes queria ensinar. Quando chegou perto da quadra Natalícia era importante que entendessem o espírito de partilha. Mesmo sabendo que o grupo era essencialmente composto por crianças vindas de famílias muito carenciadas, resolvi propor o seguinte: cada criança trazia de sua casa alguns alimentos que escolheriam de uma lista feita por mim, juntariamos tudo para fazer um pequeno cabaz que iamos oferecer a uma família que elas sugerissem. Ficaram muito entusiasmados com a ideia e o projecto foi para a frente. Depois de tudo concluído fui chamada à Irmã Directora que me repreendeu por ter pedido alimentos a famílias que mal têm para comer. Respondi que isso para mim é o espírito de partilha. Partilhar não é darmos o que temos a mais e não nos faz falta. Depois também me chamou a atenção para o facto de terem aparecido outras famílias à porta para saberem se haveriam mais iniciativas daquelas, e que as Irmãs não tinham tempo para estar com aquelas coisas. Não vou comentar o que senti depois daquela "reunião" com a Irmã directora, mas valeu apena ter tido esta ideia só pelo entusiasmo, brilho nos olhos e sorrisos destas crianças na preparação e oferta do cabaz. Espero que eles tenham aprendido o espírito de partilha.
P.S Recebi este mail que passo a transcrever. Quem quiser tentar pôr em prática o seu espírito de partilha aqui deixo uma sugestão.

Olá!

O Natal está a chegar! Já se ouve falar no Pai Natal, no bolo-rei, no pinheirinho e nos presentes.

Há semelhança do que aconteceu no ano passado, o Centro cristão da Cidade está a fazer uma campanha de Natal com o objectivo de ajudar as famílias apoiadas pela nossa instituição, para que todos possam ter nas suas casas os bens mais necessários e essencias nesta época festiva. Queremos que todos passem um Natal com uma mesa cheia, um sorriso e um coração agradecido!

Esta Campanha intitula-se Campanha de Natal CCC: Contacte, Colabore e Contribua.

Por isso, colabore! Não pense que apenas os outros poderão ajudar! Sozinhos não conseguimos mudar o mundo, mas juntos podemos mudar e contribuir para o bem-estar daqueles que estão à nossa volta.

Participe e traga alimentos, cobertores, toalhas de casa de banho, lençóis, toalhas de mesa, cortinados e utensílios de cozinha.

Poderá também trazer brinquedos para crianças dos 0-12 anos, mesmo aqueles que os seus filhos já não brincam e estão a encher o quarto... porque o Pai Natal vai passar pelo CCC, no Infantado, no dia 21 Dezembro 2005, pelas 14h00, para oferecer presentes a 50 crianças carenciadas do Concelho de Loures.

Para isto acontecer, a sua colaboração é essencial!

Todas as ofertas poderão ser entregues nas instalações do Centro Cristão da Cidade, sita na Estrada da lezíria, Pavilhão B, Infantado.

Para mais informações contacte Rosa Nunes, através do nº telefone: 21 982 14 54, telemóvel: 93 982 14 54 ou através do e-mail: rosa.nunes@cccidade.org

Muito obrigada pela sua colaboração!
Rosa Nunes


sexta-feira, novembro 04, 2005

O Amor é cego

A Loucura resolveu convidar os amigos para tomar um café em sua casa. Todos os convidados foram. Após o café, a Loucura propôs:
- Vamos brincar de esconde-esconde?
- Esconde-esconde? O que é isso? - perguntou a Curiosidade.
- Esconde-esconde é uma brincadeira. Eu conto até cem e vocês se escondem.
Ao terminar de contar, eu vou procurar, e o primeiro a ser encontrado será o próximo a contar.
Todos aceitaram, menos o Medo e a Preguiça.
1,2,3,... - a Loucura começou a contar.
A Pressa escondeu-se primeiro, num lugar qualquer. A Timidez, tímida como sempre, escondeu-se na copa de uma árvore. A Alegria correu para o meio do jardim. Já a Tristeza começou a chorar, pois senão encontrava um local apropriado para se esconder. A Inveja acompanhou o Triunfo e se escondeu perto dele debaixo de uma pedra.
A Loucura continuava a contar e os seus amigos iam se escondendo.
O Desespero ficou desesperado ao ver que a Loucura já estava no noventa e nove.
CEM! - gritou a Loucura. - Vou começar a procurar...
A primeira a aparecer foi a Curiosidade, já que não agüentava mais querendo saber quem seria o próximo a contar.
Ao olhar para o lado, a Loucura viu a Dúvida em cima de uma cerca sem saber em qual dos lados ficar para melhor se esconder.
E assim foram aparecendo a Alegria, a Tristeza, a Timidez...
Quando estavam todos reunidos, a Curiosidade perguntou:
Onde está o Amor?
Ninguém o tinha visto.A Loucura começou a procurá- lo. Procurou em cima da montanha, nos rios, debaixo das pedras e nada do Amor aparecer. Procurando por todos os lados, a Loucura viu uma roseira, pegou um pauzinho e começou a procurar entre os galhos, quando de repente ouviu um grito.
Era o Amor, gritando por ter furado o olho com um espinho.
A Loucura não sabia o que fazer. Pediu desculpas, implorou pelo perdão do Amor e até prometeu segui-lo para sempre.
O Amor aceitou as desculpas. Hoje, o Amor é cego e a Loucura o acompanha sempre.


Agora percebo porque é que às vezes andamos por aí meio "ceguinhos" e a cometer loucuras. Paulo Coelho escreveu no livro "Veronika Decide Morrer" uma frase que gostei muito : "Assim deve ser convosco; mantenham-se loucos, mas comportem-se como pessoas normais. Corram o risco de ser diferentes, mas aprendam a fazê-lo sem chamar a atenção. Concentrem-se nesta flor e deixem que o verdadeiro Eu se manifeste"

quinta-feira, novembro 03, 2005

Fernando Pessoa

O amor, quando se revela...

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...


Porque esperamos sempre de quem amamos grandes palavras e acções, quando sentimentos verdadeiros e sublimes se fazem sentir através de pequenas coisas como: um olhar amoroso, um silêncio acolhedor, um abraço aconchegante, um sorriso radiante, uma lágrima sentida, um arrepio no corpo...?

terça-feira, novembro 01, 2005

Errata


Houve uma pessoa que me chamou a atenção de no post "Modas... de novo" ter mencionado "corte italiana", quando, segundo essa pessoa, no século XVII não existiram cortes em Itália. Ao ter explicado que essa informação me fora passada por um livro, disse-me que eu deveria ter mais cultura geral e ser mais crítica nas leituras que faço. Realmente confesso que a minha cultura geral em certas áreas é pouca nomeadamente em História Universal. Peço desculpa se vos induzi em erro. Agradeço a crítica dessa pessoa. Pena não o ter feito sobre a forma de comentário de modo a que todos pudessemos usufruir da sua cultura a nível de História. No entanto fez com que eu aprendesse alguma coisa. Lamento também, chegar à conclusão que nem todas as informações que recebemos dos livros são verdadeiras. Felizmente esse pormenor não era vital dentro do contexto onde foi inserido. Espero que entendam que apesar de me dar ao luxo de escrever, tenho muitas limitações e não sou dona da verdade. Todos nós já aprendemos coisas erradas. No fundo o meu esforço serve única e simplesmente para levar até vós um pouco da minha experiência de vida. Cabe a cada um aproveitar daqui as "verdades" que lhes interessam e reflectir ou pesquisar sobre o que é escrito. Enquanto professora, procurei sempre ensinar com rigor a matéria de minha eleição e à qual dediquei anos de estudo. Aqui não estou no papel de professora mas de um simples ser humano que pretende trocar ideias e evoluir um pouco.
P.S Agradeço ao Dubhdara pela ajuda que me deu na pesquisa sobre a História de Itália no século XVII e por toda a sua paciência.