Essencia de Mulher

Um blog para mulheres e homens de mente aberta

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Uma questão de pele

Anteontem depois de ter escrito sobre "palavras" e "sentir", estive a estudar. Achei engraçado encontrar num livro científico, um altlas do corpo humano, esta frase :" como é sensível ao tacto mais delicado, a pele torna-se um orgão de comunicação, por vezes mais eloquente do que as palavras". Na parte das funções da pele dizia também que esta tem uma função de interacção social-"a pele contribui para certas reacções sociais e interpessoais. É curioso saber que o nosso maior orgão está "recheado" de minúsculos sensores para o frio, calor, tacto, pressão, dor..que está irrigado por inúmeros vasos sanguíneos, que perde e regenera cerca de 6000.000 partículas de pele em cada hora, aproximadamente 680g por ano. Contém além de várias glândulas, umas que podem ser "os vestígios residuais do que terá sido parte do sistema odorífero que terá tido um papel comportamental socialmente importante, produzindo talvez um estimulante sexual ou marcador sexual". Pelos vistos ainda trazemos connosco muita coisa de há milénios de anos. Bem, não vos vou mencionar tudo o que aprendi sobre a pele mas quando em certas alturas se diz: É uma questão de pele..." para se relatarem certas acções, certas formas de sentir, científicamente não se está muito longe da verdade. Não tenho dúvidas que a pele não só comunica para o exterior o que está dentro de nós assim como reage a tudo, por ínfimo e invisível que seja vindo de fora, fazendo-nos reagir mesmo sem darmo-nos conta. É uma questão de sensibilidade.

terça-feira, janeiro 17, 2006

Palavras...

















Cansada de prosa
Cansada de poesia
Cansada das palavras
Palavras mentirosas
Palavras que escondidas no meio de outras,
Fazem-se passar por aquilo que não são.
Palavras traiçoeiras
Palavras que vestem a pele de nobres sentimentos,
Encerram a magia do sentir,
Mas são só aparência.
Tanta ilusão para quem as lê...
Que querem vocês de mim?
Riem-se de mim?
Dançam na minha cabeça como loucas
Juntam-se umas às outras sem sentido
Separam-se em letras... que ruído!
Párem! Párem!
Não preciso de uma única palavra
Quero sentir algo novo
Um sentimento que nunca ninguém sentiu
Um sentimento sem nome, sem definição
Que não possa ser encerrado numa palavra
Livre da prisão de uma frase
Perguntam-me: que sentes?
Fecho os olhos e sorriu
Meu corpo estremece do vazio da minha mente
Longe de qualquer palavra
Uma lágrima de emoção desce lentamente pela minha face...
e... usando palavras, simplesmente respondo: sinto!

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Espírito de guerreiro



Penso que todos temos em nós um espírito de guerreiro. É esse espírito que nos faz ir em frente mesmo quando pensamos que todas as forças se esgotaram. Quantas vezes já caímos no "campo de batalha" e nos erguemos para continuar a "lutar"? Algumas vezes essas quedas não são provocadas por aqueles a quem chamamos de "inimigos", mas por nós mesmos. Tropeçamos porque não sabemos manejar a "espada" da melhor maneira possivel. Por falta de prática, convicção, coragem, por distracção, cansaço, desmotivação... Tropeçamos na "armadura"porque ela está demasiado pesada com coisas do passado, coisas que não nos fazem falta, preocupações que não deviam ser nossas, medos que carregamos como "animais de estimação". Uma lembrança de um instante de medo no passado faz a cobardia voltar. Dúvidas que corroem como a ferrugem e nos prendem os movimentos. Tropeçamos porque não conhecemos o "terreno" e não ponderamos todas as hipóteses. Tropeçamos porque empurramos para o nosso "fiel cavalo" e companheiros de luta tarefas que deveriam ser nossas. Tropeçamos porque deixamos de acreditar em nós, deixamos de ter confiança, fé. Tropeçamos porque deixamos cair o "escudo" e sentimo-nos inseguros e desprotegidos e esquecemos que toda a segurança e protecção vem de dentro de nós mesmos. Tropeçamos porque não basta ver o que está à nossa frente, mas sentir tudo à nossa volta...Tropeçamos, caimos, levantamo-nos... e isso vai fazendo de nós guerreiros cada vez melhores e mais experientes.

Mesmo caídos no "campo de batalha", não é hora de cruzar os braços e ficar à espera do último suspiro. Há que lutar por nós, pelos companheiros de jornada, pela vida. Há que curar as feridas, renovar estratégias, praticar e desenvolver as nossas técnicas, limpar as "armas". As cicatrizes ficam para que possamos lembrar-nos dos actos heróicos pelos quais passámos e honrarmos a nossa força interior que vai muito além do que pensamos.

Enfrentemos cada batalha com espírito de vencedores, com espírito de guerreiro.

terça-feira, janeiro 10, 2006

Dependência... independência...

Todos temos algumas dependências em relação a algumas pessoas.
Todos queremos ser de alguma forma independentes de alguém.
Para mim, o oposto da dependência não é independência, mas sim Partilha.

Que faço eu com isto?

Há dias fui buscar uma mesinha de cabeceira que tinha encomendado para o quarto da minha filha. Deitei os bancos de trás do carro para a conseguir transportar. No local das entregas simplesmente me deram uma pequena e pesada caixa. Era preciso montar a mesinha! Ainda perguntei se havia alguém que a montasse mas... não! Disseram-me que tinha as instruções dentro da caixa e que era muito fácil.
Em casa, já com tábuas, parafusos grandes, pequenos, gordos, magros, buchas, calhas, tudo espalhado pelo chão, olhei para a pequena folha de instruções (sempre achei que as instruções estão feitas para quem percebe da matéria) e só pensava: como vou sair desta? Mãos à obra... eu sou muito teimosa!
Das queimaduras dos tachos e panelas, dos cortes de facas afiadas, de picadas de agulhas de coser já eu sei defender-me muito bem, mas de chaves de parafusos nem por isso. No fim da obra tinha bolhas nos dedos das mãos. Meus senhores também é bom que aprendam a cozinhar, lavar roupa e engomar! Não que haja inversão de papeis homem/mulher, mas hoje em dia há que saber fazer de tudo um pouco.
Nesse mesmo dia à noite fui jantar com um amigo que está a trabalhar na Alemanha já há algum tempo. Contava ele que se recusa determinantemente a aprender a cozinhar, diz que não tem jeito. Escusado será dizer que "está magro que nem um cão". Contava também que periódicamente envia a roupa para a mulher, aqui em Portugal, para ser lavada e engomada. Realmente nos tempos que correm temos de ser versáteis. Nunca se sabe quando teremos de fazer algo que nunca imaginámos fazer. Tarefas de homens... tarefas de mulheres... já práticamente não existem.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Dia de Reis


O curral era pequeno
Não cabiam todos três
Adoraram o Menino
Cada um por sua vez

Ouro. mirra e incenso
Todos três Lhe ofereceram;
Aos pés da Virgem Maria
as ofertas estenderam

( Quadras populares)





Diz uma lenda que, quando os Magos foram visitar Jesus, com a intenção de Lhe oferecerem como presentes ouro, incenso e mirra, a cerca de sete quilómetros do local onde o Menino se encontrava tiveram uma discussão: qual deles seria o primeiro a oferecer os presentes?
A solução foi-lhes dada por um artífice que, assistindo à conversa, quis ajudar a encontrar para o problema uma saída que agradasse a todos.
Ele faria um bolo em cuja massa incorporaria um brinde e uma fava. Repartindo pelos três, seria o primeiro a oferecer os presentes ao Menino Jesus aquele em cujo quinhão se encontrasse o brinde e o último, aquele a quem saísse a fava.
Há uma outra lenda que diz ter sido um bolo de fruta seca. Os crentes deviam comer doze daqueles bolos entre o dia de Natal e o dos Reis. A côdea simbolizava o oiro; o miolo e as frutas secas, a mirra; o aroma, o incenso.
Mas mais uma vez a tradição já não é o que era. Já o bolo rei não tem brinde nem fava. Uma a uma parece que as tradições tendem a desaparecer. Mais uma quadra natalícia se encerra hoje com o dia de Reis. Um bom dia para todos vocês.

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Cores da Natureza





Fotografias tiradas por Fosforo

(para ampliar basta carregar em cima da fotografia)

Momentos... momentos que uma fotografia capta. Quantos momentos já perdemos nós na nossa vida? Com que "lentes" estamos a ver a vida? Sempre pensei que as pessoas que se dedicam à fotografia ficam mais sensíveis ao momento, aos pequenos pormenores, às oportunidades... será verdade? Apetece-me dizer: quando for grande quero ser fotógrafa, aprender a apanhar instantes, a olhar de maneira diferente os pequenos nadas, a observar a vida por outras "lentes".

Obrigada Fosforo por partilhares estas cores da Natureza que os teus olhos viram e fixaram nestas fotografias que eu adorei.

terça-feira, janeiro 03, 2006

Chamar as "coisas" pelos nomes

Há dias foi-me dado a ler o texto que vos vou deixar aqui. Sempre tive, tenho, e possivelmente continuarei a ter dificuldade em usar palavras para exprimir sentimentos e emoções. Quando lerem este texto para alguns esta abordagem será verdadeira, outros irão pensar no assunto e para outros não terá nada a ver com o que sentem. Em diversas ocasiões até podemos sentir tudo isto por uma mesma pessoa, mas não sempre. A escrita foi inventada para conseguirmos expressarmo-nos mas para mim algumas vezes as palavras são insuficientes para exprimir o que sinto e podem ter diferentes sentidos de pessoa para pessoa. Chego a pensar que todos temos maneiras diferentes de amar, mas todas são amar.
"Se tu precisas de alguém para ser feliz, isso não é amor.
É CARÊNCIA.
Se tens ciúmes, insegurança e fazes qualquer coisa para conservar alguém ao seu lado,
mesmo sabendo que não é amado,
e ainda dizes que confias nessa pessoa,
mas não nos outros, que lhe parecem todos rivais,
isso não é amor.
É FALTA DE AMOR PRÓPRIO.
Se tu acreditas que "ruim com ela(e), pior sem ela(e)",
e a tua vida fica vazia sem essa pessoa;não te consegues imaginar sozinho
e mantens um relacionamento que já acabou
só porque não tem vida própria- existe em função do outro
isso não é amor.
É DEPENDÊNCIA.
Se tu achas que o ser amado te pertence;
sentes-te dono(a) e senhor(a) de sua vida e de seu corpo;
não lhe dás o direito de se expressar,
de ter escolhas, só para afirmar o teu domínio,
isso não é amor.
É EGOÍSMO.
Se tu não sentes desejo; não te realizas sexualmente;
preferes nem ter relações sexuais com essa pessoa,
porém sentes algum prazer em estar ao lado dela,
isso não é amor.
É AMIZADE.
Se vocês discutem por qualquer motivo;
morrem de ciúmes um do outro
e brigam por qualquer coisa;
nem sempre fazem os mesmos planos;
discordam em diversas situações;
não gostam de fazer as mesmas coisas ou ir aos mesmos lugares,
mas sexualmente combinam perfeitamente,
isso não é amor.
É DESEJO.
Se teu coração palpita mais forte;
o suor torna-se intenso;
a tua temperatura sobe e desce vertiginosamente,
apenas em pensar na outra pessoa,
isso não é amor.
É PAIXÃO.
Agora, sabendo o que não é amor,
fica mais fácil analisar, verificar o que está a acontecer e
procurar resolver a situação.
Ou se programares para atrair alguém por quem sintas carinho
e desejo; que sinta o mesmo por ti,
para que possam construir um relacionamento equilibrado
no qual haja, aí sim, o verdadeiro e eterno amor.
O Meu pai disse-me um dia:
"Filho... terás três tipos de pessoa na sua vida:
- Um AMIGO, aquela pessoa que tu terás sempre em grande estima, que só tu sabes que poderás contar sempre; que bastará insinuares que estás a precisar de ajuda e a ajuda está a ser dada;
- Um AMANTE, aquela pessoa que faz o teu coração pulsar; que fará com que tu flutues e nada importará quando vocês estiverem juntos;
- Uma PAIXÃO, aquela pessoa que tu amarás, desejarás incondicionalmente, às vezes nem te importa se ela te quer ou não, e talvez ela nem fique a saber disso.
Mas, se tu conseguires reunir essas três pessoas numa só- podes ter certeza meu filho:
- Encontras-te a felicidade."
Nana Pink

segunda-feira, janeiro 02, 2006

A sabedoria das crianças

" Quando tiveres problemas, vais buscar a caixa de madeira, deixas lá a tristeza e trazes a alegria"

Esta frase foi dita por uma criança de 4 anos. É pena que à medida que vamos crescendo vamos perdendo a simplicidade, a inocência, a frontalidade , a espontaneidade das crianças. Eu gostava de ter mantido a capacidade que uma criança tem de chorar e no momento seguinte dar uma sentida gargalhada.

domingo, janeiro 01, 2006

E cá vamos nós...


E cá vamos nós a iniciar um novo trajecto no tempo, carregando esperança e sonhos. Já dizia Joseph Joubert, um ensaísta francês:" A esperança é um empréstimo que se pede à felicidade". Penso que todas as grandes mudanças na nossa vida e em tudo à nossa voltam começam no nosso interior. É sempre bom olharmos para dentro de nós e sentirmos quem somos e o que desejamos. Um feliz 2006!