Essencia de Mulher

Um blog para mulheres e homens de mente aberta

sexta-feira, abril 28, 2006

Até um dia...



Vou estar ausente durante uns tempos. Deixo um desafio a quem passar por aqui: escreva-me um post. Quando voltar comentarei. Tudo de bom, muita Luz, Amor e Paz.



"O Amor, tal como o fogo, não pode subsistir sem um movimento contínuo; e cessa de viver a partir do momento em que cessa de esperar ou de recear." La Rochefoucauld

quinta-feira, abril 27, 2006

Liberdade (parte 2)






Existem muitas formas de pensar sobre um mesmo tema. Por isso não gosto nada de definições. Em relação à liberdade o que penso é que por vezes se confunde liberdade com libertinagem. Mas tudo na vida tem limites. Deixo-vos aqui alguns pensamentos sobre a liberdade.

" A liberdade custa muito caro e temos ou de nos resignar a viver sem ela ou de nos decidirmos a pagar o seu preço."
José Marti
" Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade. A liberdade não é um fim, mas uma consequência"
Tolstoi
"Mas onde se deve procurar a liberdade é nos sentimentos. Esses é que são a essência viva da alma."
Goethe
"A liberdade absoluta não existe: o que existe é a liberdade de escolher qualquer coisa, e a partir daí estar comprometido com essa decisão."
Paulo Coelho

Liberdade


Estou um bocadinho atrasada no tema mas mais vale tarde do que nunca. Deixo-vos aqui uma parábola para reflectirem.
"Era uma vez um homem como todos os outros. Um homem normal. Com qualidades e defeitos. Não era diferente. Um dia bateram-lhe repentinamente à porta. Quando abriu, encontrou os seus amigos. Eram vários e tinham vindo juntos. Os amigos ataram-lhe as mãos. Depois, disseram-lhe que assim era melhor; que assim com as mão atadas, não poderia fazer nada de mal (mas esqueceram-se de dizer que também não poderia fazer nada de bom). Foram-se embora, deixando um guarda à porta, para que ninguém lhe desatasse as mãos. A princípio, desesperou e procurou cortar as cordas. Quando se convenceu da inutilidade dos seus esforços, procurou, pouco a pouco, acomodar-se à nova situação. Pouco a pouco, conseguiu arranjar-se para continuar a subsistir com as mãos atadas. Inicialmente, custava descalçar-se. Mas, um dia, conseguiu até enrolar e acender um cigarro. E começou a esquecer-se de que antes tinha as mãos livres. Passaram-se muitos anos. O homem acostumou-se às mãos atadas. Entretanto, o seu guarda comunicava-lhe as coisas más que faziam lá fora os homens com as mãos livres (esquecia-se de dizer que também faziam muitas coisas boas). Continuaram a passar os anos. O homem que se acostumou às mãos atadas começou a acreditar que era melhor viver assim. Estava tão acostumado às ligaduras... Um dia, os amigos surpreenderam o guarda, entraram e cortaram as ligaduras que prendiam as mãos. Já és livre, disseram-lhe. Mas tinham chegado demasiado tarde. As mãos daquele homem estavam totalmente atrofiadas."
Quantos de nós vivem de "mãos" atadas? A quantos de nós foi dada liberdade tarde demais? Quantos de nós têm as "mãos" atrofiadas? Quantos de nós acham normal ter as "mãos" atadas? Quantos de nós se acomodam a ter "mãos" atadas? Quantos de nós sabem aproveitar a liberdade que têm? Poderia fazer mil e uma perguntas... só gostariam que ao lerem esta parábola pudessem reflectir no que vão ainda a tempo de mudar de modo a sentirem-se melhor e talvez a procurar entender quem ainda vive de "mãos" atadas em muita coisa ou mesmo entenderem quem conseguiu soltar-se e tem as "mãos" atrofiadas.

segunda-feira, abril 24, 2006

Olho por olho, dente por dente


Olho por olho, dente por dente. Esta expressão leva-nos a pensar em quê? A mim conduz-me à ideia de vingança. Poderia-me levar a outro tipo de pensamento, mas para isso existem outros ditados: "Amor com Amor se paga". Mas porque é que temos de pagar sempre com a mesma moeda? Porque é que às vezes alteramos a nossa maneira de ser e agimos da mesma forma que as pessoas que nos magoaram? Será por pensarmos que só assim estas pessoas entendem o que nos fizeram, usando o mesmo tipo de linguagem e atitudes? Será uma forma de defesa? Será uma tentativa de nos colocarmos à mesma altura da outra pessoa no sentido de encontrar justiça? Será uma maneira de conseguirmos ver pelos olhos de alguém vestindo a sua pele? Ou será por ficarmos com raiva de nos termos deixado magoar, de nos acharmos inferiores, de termos sido fracos, de sentirmos até alguma culpa? No fundo só nos deixamos magoar se quisermos, mas nem todos somos suficientemente seguros para deixar passar certas coisas ao lado. O sentimento de vingança tem o efeito de "bola de neve"levando-nos por caminhos tortuosos, e muitas vezes tudo nasce de mal entendidos, de falta de comunicação e frontalidade, deixando cada um pensar o que quiser, ou por vezes o adiar situações em vez de resolver tudo na hora, é resultado por vezes de engolirmos tantos "sapos". Quantas vezes nos vêem lembrar o passado para justificarem certas atitudes no presente? No entanto há que ter em conta que os contextos podem ser diferentes. Tudo está sempre em mudança. Lido mal quando me dizem: "fiz porque me fizeste". Acho injusto, porque no fundo as pessoas são diferentes e as circunstâncias concerteza também o são. Por isso às vezes sou muito "chatinha" quando toca a esclarecer certas coisas e muito ansiosa com casos pendentes, principalmente com pessoas que me são queridas. Gosto de me justificar e de tentar perceber os outros de modo a não deixar dúvidas. Gosto até que as pessoas tenham conhecimento das coisas que me passam pela cabeça, mesmo que isso as possa magoar, para que saibam com o que podem contar e tenham possibilidade de se defenderem da injustiça de certos pensamentos que eventualmente me possam ocorrer. É um defeito meu querer entender tudo quando certas coisas simplesmente são como são. O mais importante, penso eu, é sermos fiéis a nós mesmos, orgulharmo-nos por sermos quem somos, estarmos tranquilos de que demos sempre o nosso melhor e se magoámos alguém ou algo correu mal conseguirmos estar convictos de que não foi com intenção. Eu gostaria de acreditar que não existe maldade, mas apenas pessoas e circunstâncias que se cruzaram no nosso caminho para "fazerem o papel sujo" de modo a aprendermos alguma coisa. Só peço é sempre uma coisa: não me deixem pensar sózinha. Prefiro uma verdade dura a viver eternamente dúvida.

sábado, abril 22, 2006

Frutos da minha paixão

Finalmente estou a dar os primeiros passos nesta minha paixão: a fotografia. Sei que tenho muito que aprender, mas costuma-se dizer que "quem corre por gosto não cansa". A fotografia é quase como juntar o passado com o presente prolongando-os para o futuro. É também uma visão diferente do que nos rodeia. É um "brincar" com os sentidos. É um desafio à criatividade. É um exercício de destreza. É todo um mundo por descobrir. Pelo menos é assim que eu vejo. Deixo-vos um pouquinho da Primavera neste sábado que mais parece de Outono.

sexta-feira, abril 21, 2006

Sem me dar conta, já lá vão cem



Aqui estou eu a escrever o 100º post. Na verdade nunca pensei chegar aqui. Não aderi à blogoesfera por moda. Lançaram-me o desafio, "apadrinharam-me" e, um pouco renitente, resolvi aceitar. Sempre afirmei que não sou escritora, nem tenciono ser. Escrevi em tempos um livro, mas não passou de uma experiência como algumas que vou fazendo. Esforço-me por perder o medo de escrever que adquiri nos tempos de escola com a disciplina de Português, o meu terror, porque sempre estive mais virada para os números. Esforço-me acima de tudo por transmitir um pouco da minha experiência de vida. Talvez alguém consiga daí tirar algum proveito. Sinto, no entanto, que não me consigo "soltar" plenamente na escrita, mas já aprendi algumas coisas. Embora tenha fugido um pouco aos propósitos que inicialmente tracei para este blog, o que é certo é que mais uma vez acabo de ter a prova que é melhor não criar certas expectativas e, pura e simplesmente deixar fluir. Já pensei desistir, mas sempre surge algo que me leva a continuar. Talvez ainda não tenha chegado a hora. Quero agradecer a todos a força que me têm dado e dizer-vos o quanto isso tem sido importante para mim.

quinta-feira, abril 20, 2006

Para rir um bocadinho ou pelo menos para sorrir


Nunca tive muito jeito para contar anedotas. Enviaram-me uma que achei uma doçura e vou partilha-lha aqui com vocês. Espero que pelo menos dê para esboçar um sorriso.


A D. Beatriz, organista numa igreja, tem 80 anos e é solteira.
É muito admirada por todos pela sua simpatia e doçura. Uma tarde, convidou o novo padre da igreja para ir lanchar a sua casa e ele ficou sentado no sofá,
enquanto ela foi preparar o chá.Olhando para cima do órgão, o jovem padre reparou numa jarra de vidro com água em que, lá dentro, boiava um preservativo. Quando a D. Beatriz voltou com o chá e as torradas, o padre não resistiu e perguntou o porquê de tal decoração em cima do órgão.E ela respondeu apontando para a jarra:
"Ah! refere-se a isto? Maravilhoso, não é? Há uns meses atrás,
ia eu a passear pelo parque, quando encontrei um pacotinho no chão. As instruções diziam para colocar no órgão, manter húmido e assim ficava prevenida contra todas as doenças. E sabe uma coisa? Este Inverno ainda não me constipei".

quarta-feira, abril 19, 2006

Scrabble

Amo-te pelas cores que pintas na tela da minha vida
Renovas-me a alma entre a chuva das minhas lágrimas e o sol do meu sorriso
Caminhas ao meu lado como as àguas cristalinas de um rio
Onde fluímos ao sabor da corrente do tempo até ao mar da eternidade.

Inventamos novas cores, novos tons
Renascemos em novos arco-íris no céu da nossa existência.
Imagino por breves instantes que não existes...
Sem luz não existe cor, não existe vida.

terça-feira, abril 18, 2006

Paixões...

Existem muitas pessoas que, concerteza, precisam de viver num estado de paixão. Eu sou uma delas. Tenho necessidade de ter na minha vida sempre algo que faça-me vibrar, faça-me sonhar, faça-me despertar a criatividade, lance-me desafios, crie-me emoções de toda a espécie, umas boas outras menos boas, faça-me bater o coração, tire-me a respiração, faça-me tremer as pernas, provoque-me arrepios, ansiedades, lágrimas e sorrisos. Quase diria que tenho uma certa dependência da adrenalina e outras hormonas semelhantes, que funcionam como opiáceos. Já passei por algumas paixões, embora nem todas se tivessem concretizado, ficaram só pelo mundo da fantasia. Duas no entanto prolongaram-se por mais tempo: a minha paixão pelo ensino e a minha passagem pela música. Outra que ficou por realizar e que me marcou foi a dança. Porém, neste período da minha vida, parece que um turbilhão de paixões tem vindo ao de cima, sem saber muito bem para que lado virar-me. Talvez eu esteja numa fase de grande mudança e tenha de me descobrir. Todas elas me exigem bastante tempo de dedicação o que se torna difícil e me está a criar uma certa confusão quanto às opções a tomar. Está a ser difícil disciplinar-me e esta minha tendência para o perfeccionismo leva-me a fazer como a avestruz: enterrar a cabeça na areia até a tempestade passar. Atitude que até então desconhecia em mim. Por vezes adquirimos conceitos na infância que deixam de fazer sentido mas que nos deixaram marcas. Foi-me ensinado que mais vale sermos bons numa coisa que mediocres em várias. Talvez, neste momento, eu não tenha nada a ver com essa maneira de sentir a vida e esteja destinada a perceber que é importante vivermos muitas experiências em várias vertentes. Isso enriquece-nos, ajuda-nos a evoluir e a conhecermo-nos melhor. Penso que depois algumas paixões vão ficando pelo caminho e acabamos por levar para a frente aquelas que realmente nos interessam para crescermos interiormente. Não devemos pôr de lado os "chamamentos" que vamos tendo. Se algum interesse nos surgiu é porque mais tarde ou mais cedo, ou de alguma forma vai-nos ser útil. Não é fácil aprender a escutar o coração mas também não é impossivel. Coração e Razão devem andar lado a lado. Dizem que as paixões são efémeras. Até podem ser, mas para mim são o "sal" da vida

sábado, abril 15, 2006

Páscoa


Por vezes é preciso deixarmos "morrer" um pouco de nós para ressuscitarmos para uma vida melhor.

sexta-feira, abril 14, 2006

Sexta-feira Santa



"Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem"

"Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito"

quinta-feira, abril 13, 2006

De volta...


Estou de volta. Desta vez fui forçada a fazer uma interrupção por motivos de ordem técnica. O meu computador durante este tempo todo recusou-se a colaborar comigo. Foi difícil descobrir qual a "doença" de que padecia. Pensou-se inicialmente que era uma "virose" (aliás quando não se sabe o que uma criança tem diz-se sempre que é uma virose), mas depois de se excluir todas as possibilidades, chegou-se à conclusão que era um problema de "alimentação". O que interessa é que está tudo resolvido, mas deu-me algumas dores de cabeça. Às vezes já tinha textos completamente escritos quando o "meu amiguinho" resolvia ir-se abaixo. Apanhei alguns ataques de fúria, capaz de lhe dar uns bons pontapés ou de atirá-lo pela janela fora. Foi, sem dúvida, um teste à minha paciência, persistência, sentido de humor, aceitação, enfim... coisas que fazem parte da vida. Confesso que agora tenho que ligar os "motores de arranque" da inspiração para escrever que se encontra neste momento hibernada. Mas a Primavera está aí e sempre ajuda. Obrigada a todos os que continuaram a visitar este meu cantinho e tiveram paciência de esperar por algo de novo.