Essencia de Mulher

Um blog para mulheres e homens de mente aberta

quinta-feira, abril 05, 2007

Primeira Reflexão ( 1ª Revelação)


" O primeiro sinal de que estamos a despertar para esta profunda chamada interior é uma intensa sensação de inquietação. Essa inquietação pode ser descrita como insatisfação ( mesmo depois de termos alcançado as metas), um vago desconforto ou a sensação de que nos falta alguma coisa."
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"A nossa inquietação interior é sinal de que algo está em movimento, e, se pudéssemos ver o que se passa nos bastidores, talvez ficássemos surpreendidos com a intensa "reorganização" que ali está a ser realizada. Quantas vezes experimentou a verdade do velho adágio segundo o qual "está sempre mais escuro antes do amanhecer"?"
in "A Profecia Celestina, Um Guia Experimental" James Redfield e Carol Adrienne
***
Há uns anos atrás comecei a sentir um vazio na minha vida, interroguei-me se teria caído na rotina. Fui mudando algumas coisas. Continuava a sentir insatisfação e não conseguia perceber. Parecia que tudo o que fazia não tinha graça, faltava qualquer coisa. Dentro da minha vida profissional, na altura, também fui notando que as coisas começavam a ser diferentes e a em purrarem-me para outra via. Penso que acabei por criar depois muitas resistências e acabei por cair numa depressão. Hoje vejo essa depressão como um grito de alerta para a mudança. Também durante esse periodo tive a oportunidade de experimentar varias terapias que hoje conheço o seu valor e acredito. Claro que este é um pouco o meu trajecto. Não temos necessariamente de mudar de profissão, como eu fiz, para abraçarmos a parte espiritual da vida. Não temos todos de passar por depressões ou algo parecido para "abanarmos" as estruturas e abrirmos os olhos para outra realidade que nos está a ser solicitada. Penso por isso que é importante levarmos a vida de uma forma mais consciente de modo a não termos de passar por momentos mais dolorosos para nos apercebermos de certas mudanças a fazer no sentido da nossa evolução e trajecto de vida.

12 Comments:

At 11:06 da manhã, Blogger Magri said...

A maioria das grandes mudanças não se faz sem sobressaltos, sem crises, sem períodos de turbulência.

Uma mudança importante das mentalidades (que me parece estar em fase de pré-instalação) não foge a essa regra.
Não há pois que ter medo dessa inquietação e insatisfação, que fazem parte do processo.

É claro que alguns "aguentam" melhor que outros, mas creio que a maioria (onde me incluo) não está preparada, e daí as depressões e a necessidade de mudar de vida.

Também já passei por essa fase, mas agora sinto-me mais serena, entre outras coisas porque aprendi a conhecer-me melhor (capacidades e limites).
Pensei que precisava de correr para chegar depressa e levando muita bagagem, mas descobri que o mais importante não é a chegada, e sim o caminho que percorremos, com as contingências próprias de cada um; o "peso" excessivo de muitos conhecimentos mal digeridos pode também ser um estorvo.

Acho ainda que, embora a nossa imaginação nos leve para grandes acontecimentos e mudanças radicais, a maior mudança se faz no dia a dia em pequenas coisas (às vezes as mais difíceis), nas nossas atitudes perante a vida, os outros, nós mesmos...

Creio que esse é o nosso papel neste alvorecer, embora alguns de nós tenham maior protagonismo.
Claro que a consciencialização do que é preciso mudar (no essencial) é um pré-requisito, venha ela por intuição ou por aprendizagem.
Mas a preocupação excessiva, bem como a pressa, podem atrasar mais o processo.
Afinal, esta busca espiritual leva-nos precisamente a ter em conta outras realidades (por ex. que a soma das energias individuais não será aritmética, mas exponencial), bem como a existência e actuação de outras energias e protagonistas que mal vislumbramos mas que não estão parados.

Ui! Isto está a ficar comprido...
Não quero monopolizar o espaço.

Vou indo.
Abraços

 
At 5:44 da tarde, Blogger wicky said...

bom dia

se tiver tempo e condições ainda faço um post
mas em primeira mão venho aqui fazer uma revelação : já encontrei o que procurava , sob a forma de um livro e muito amor : A Arte Tibetana de ser Positivo!
Um beijo. Excelente para fazer workshops...

Para bom entendedor ...

 
At 6:33 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Acho que as depressões tão em voga, hoje em dia, devem-se realmente à nossa insatisfação interior. O problema é que as pessoas não param para se olharem interiormente, e para tentarem perceber o porquê do sentimento. Recorrem a médicos e a comprimidos... é bem mais fácil. Mas o problema mantém-se. Curam-se apenas a curto prazo.
Eu pessoalmente sou 1 insatisfeita nata e uma inconformada. Luto muito para me sentir bem e para ouvir a minha voz interior. Tenho vindo a fazer algumas mudanças na minha vida, à procura de algo, que acho que só agora começo a entender. Neste momento moro numa casa que eu adoro, tenho um novo emprego k tb aprecio bastante. A partir daqui tenho de aceitar o que a vida me vai dando. Claro que só aceito na minha vida aquelas coisas que eu realmente quero: ouço-me muitas vezes. Aprendi a conformar-me com certas coisas e a ser feliz com o que tenho. Desta forma estou em paz comigo mesma, e deixo a vida fluir para as coincidências que tiverem de acontecer:)
Bj grande. Gostava de te conhecer, pena vivermos longe uma da outra:)

 
At 7:35 da tarde, Blogger teresa g. said...

Se calhar estas crises que geram inquietação são o empurrãozinho necessário para procurar mais além. Se vivessemos uma vida fácil e confortável não nos mexiamos de onde estávamos. Então aqueles que quase invejamos por ter uma vida aparentemente fácil e confortável não são priveligiados.

Embora eu tenha dúvidas sobre o que é isso de fácil e confortável. Quantos a têm realmente? Quantos não entram em crise precisamente devido a essa aparente facilidade? Ela tem um preço, como tudo.

E agora lembrei-me daqueles versos da 'Mensagem': "Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar..." ('o quinto império' em 'os símbolos')

Beijos

 
At 7:26 da tarde, Blogger EuMulher said...

Margri... concordo contigo, realmente todas as mudanças acabam sempre por mexer em muita coisa. Dizes que não há que ter medo da inquietação, insatisfação, só que muitas vezes sentimos isso e não sabemos muito bem a que associar. Quando reconhecemos as razões é sempre mais fácil. Eu de ínicio não me apercebi o que se estava a passar comigo, levei o meu tempo a entender, e errei algumas vezes ao pensar em outros tipos de razões que me levavam a esse estado. O facto de nos começarmos a conhecer melhor ajuda muito. Concordo plenamente contigo, temos sempre pressa de chegar e não vamos dando conta que o que interessa é o percurso. Carregamos sempre connosco muitas coisas que muitas vezes so atrapalham. Penso que é na simplicidade das coisas que está o segredo. Às vezes dou comigo a pensar: gostava de ser um pouco mais ignorante. Certos conhecimentos, tal como dizes, se não forem bem apreendidos só atrapalham.Existem atitudes nossas que vão mudando e nós não damos conta. Pequenos ajustes vão se fazendo. A precupação a ansiedade a pressa que pomos nas coisas atrasam. Isso eu senti. Aos poucos verificamos, uns de uma maneira, outros de outra,que vamos fazendo ricas aprendizagens por isso acho importante esta troca de experiências. Adorei o teu comentário. Podes escrever sempre o que desejares. Eu irei gostar muito de ler.Beijinhos.

 
At 7:33 da tarde, Blogger EuMulher said...

Wicky que bom ver-te por aqui. Não precisas de fazer sempre um post, podes limitar te a fazer um comentário, mas claro, se te dá prazer... força!Fiquei muito contente com essa tua revelação. Eu conheço esse livro Lembras te de eu ter falado em enviar "zon" às pessoas em determindas alturas? Pois quando leres o livro vais encontrar isso. Esse livro tem muitas coisas boas, e dá pano para mangas. Fico muito muito feliz por teres encontrado a resposta ao que querias. Elas às vezes tardam, mas sempre aparecem, assim estejamos receptivos.Um grande beijinho e fico a aguardar mais novidades.

 
At 7:55 da tarde, Blogger EuMulher said...

Borboleta, tens razão, nunca se ouviu falar tanto em depressao como agora. Existem no entanto depressões e depressões. No meu caso, tive de certa forma um percurso curioso. Quando achei que precisava de fazer alguma coisa, recorri á medicina convencional. Encheram-me de medicamentos, so que quanto mais eu os tomava pior me sentia. Num dos poucos momentos de lucidez, sim porque os medicamentos acabam por nos vedar muitos sentidos, recorri a uma osteopata que ja conhecia. Ela tinha tirado um curso sobre energias e propos me o seguinte: ou confiava nela e nao tomava nem mais nada, ou teria de falar com o meu medico porque o meu organismo estava de tal forma intoxicado que a medicamentaçao estava me a fazer muito mal. Confiei, e de uma dose doida de medicamentos passei a zero. Percorri varias terapias e hoje digo que aprendi muito com isso Talvez fosse essa a minha forma de fazer alguma aprendizagem que hoje necessito. Tive um terapeuta com o qual aprendi coisas incriveis e que me deu uma explicaçao que nao me parece de todo descabida. Disse me que quando as pessoas sentem sintomas de depressao e esse estado está ligado a uma abertura espiritual os medicamentos ou nao fazem nada ou fazem pior, porque tomando nao evoluimos porque estamos num estado de apatia muito grande.Entao, dizia ele, nesse tipo de depressões há que ter cuidado com o que se toma.No fundo, penso que foi a forma de o Universo actuar sobre mim, fazendo com que reagisse mal aos medicamentos e me livrasse deles para percorrer o meu percurso com consciencia. Respeito muito quem se vê a braços com uma depressão, mas há que tentar sentir o que essa doença nos esta a querer transmitir. É logico que ninguem pode parar de tomar seja o que for sem um acompanhamento feito como deve ser.Para mim tomar os medicamentos foi como... tapar o sol com a peneira!ATENÇÃO, isto foi o meu caso.Fico contente por as coisas se estarem a encaminhar na tua vida. Fico contente por saber que procuras ouvir-te, que já tens um grau de aceitação e que deixas as "coincidências" fazerem parte da tua vida. Que estás receptiva a isso." Deixo a vida fluir para as coincidências que tiverem de acontecer" Gostei muito de ler isso. Quem sabe um dia vamo-nos conhecer? Do longe se faz perto. Se tivermos de nos conhecer o Universo encarregar-se-â disso.Gostei muito do teu comentario, espero poder continuar a trocar impressões contigo. Beijinhos

 
At 8:11 da tarde, Blogger EuMulher said...

jardineira aprendiz, penso que ninguem gosta de se sentir inquieto e desconfortável. Assim como penso que as doenças são um meio de mudarmos certas atitudes em nós.É atraves desse estados que não nos fazem felizes que saímos em busca de soluções. O estar confortável é muito relativo. Só cada um pode sentir. Por vezes olhamos para certas pessoas pensamos que têm tudo mas acabam por ser mais "pobres" que muitos. Em certas alturas da minha fase mais critica eu questionava-me: mas porque sinto me eu assim se tenho tudo para ser feliz? Possivelmente alguns "amigos" meus devem ter pensado: "queixa-se de barriga cheia". Por isso procuro nunca fazer julgamentos. Existem razoes que levam certas pessoas a terem determinadas atitudes que nós nem sonhamos. Por vezes até nós temos certas atitudes, espantamo-nos connosco e é algo inconsciente que nem nos apercebemos. É dificil de nos apercebermos de tudo. Nunca conhecemos ninguem por inteiro, por vezes nem a nós mesmos. Tudo tambem esta sempre em mudança. Às vezes até quando criticamos alguém estamos possivelmente a criticar alguma coisa que não gostamos em nós. Ja dei por mim a falar e dar conselhos a pessoas e no fundo eles servem para mim. Habituei-me uma pouco a ver as pessoas, as situaçoes que me rodeiam como um espelho que reflecte o meu interior. Gostei desse verso... eu penso que a acomodaçao não nos leva a lado nenhum. E se tudo muda à nossa volta nós de uma maneira ou outra vamos acompanhando esse movimento de mudança.Muito obrigada pelo teu comentario. Adorei. Espero que voltes. Beijinhos

 
At 10:06 da manhã, Blogger wicky said...

cheguei .
Claro que nem todos temos depressões ou dores de costas...tudo são formas de a nossa mente se expressar , de traduzir a necessiade de alterra padrões de comportamento, atitudes, formas de estar
E tb sei bem que nesses casos os medicamentos não actuam, porque a mudança terá de vir de dentro de nós.
De facto anda muita gente com depressão, com angústias, muitas pessoas não são elas próprias agarrando-se a figuras protectoras (pai, mãe. marido e outras ) quando a energia está dentro de si...

Um beijo

 
At 3:08 da tarde, Blogger EuMulher said...

Wicky... espero que tenha corrido tudo bem e ainda bem que estas de volta. Pois é, a manifestação física pode conduzir nos a uma forma de ver o que precisamos alterar. Por isso eu acredito nas terapias holisticas porque nao se limitam aos sintomas mas vão à causa e tratam as pessoas como um todo. A parte fisica nao pode estar dissociada da mental. emocional e espiritual. Dou te razao.. nesta fase as pessoas tendem a agarra se a algo, õu a figuras protectoras, ou a bens materiars, sucesso... algo que as desvia do encontro com elas proprias, da responsabilidade de actuar sobre si mesmas.Um grande beijinho para ti

 
At 8:00 da tarde, Blogger oceanus said...

Ainda não me recordo muito bem de como aqui cheguei... sei que foi um processo algo dificil. O caminho é sempre tortuoso, com um acesso ingreme e sempre a subir, carregados com a própria "bagagem" ás costas, que não vemos, mas sentimos o peso. O que carregamos é fruto de outros caminhos. Alguns dos "objectos" poderam ser indespensaveis, mas muitos são futeis e apenas servem para decorar um "estado de alma".

Sempre que me encontro em situações dificies, que exigem uma solução difícil, a primeira coisa em que penso é fugir...abandonar tudo e começar tudo de novo.
A segunda é parar tudo e entrar no imenso interior do grande Oceanus...
Depressões? também sei que as tenho quando não paro a tempo ou teimo em não parar.

Um grande abraço do fundo do Oceanus

 
At 2:04 da tarde, Blogger EuMulher said...

oceanus, desculpa... so hoje vi o teu comentario e gostei muito. Tambem concordo que por vezes carregamos demasiadas coisas connosco e que isso nao ajuda em nada a andarmos para a frente. Às vezes temos dificuldade em saber o que nos é util e o que ja deviamos ter deitado fora.Apegamos nos a muitas coisas, umas porque dao jeito em forma de desculpas, outras porque nem as conhecemos bem e aparecem nas alturas em que menos esperamos, outras achamos que sao tao nossas que nem adianta vermos nos livres delas. Ja muitas vezes me apeteceu fugir... so que sei que se fugir levo atras tudo o que as vezes eu queria ja nao ter comigo. Se fugir nao posso fugir de mim. Virarmo nos para o nosso interior é sempre um desafio, porque nem sempre conseguimos ser isentos de muita coisa. Fechamos os olhos a coisas que sabemos que nos vao dar muito trabalho se mexermos nelas, mas quanto mais adiamos pior.Deviamos todos os dias oferecermos nos um momento so nosso connosco mesmos e tentarmos ir limpando e arrumando certas coisas do nosso interior. Um beijinho

 

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