O toque
Possivelmente muitos de nós ainda não se deu conta da importância do toque nas nossas vidas. A pele é o nosso maior orgão e através dela conseguimos receber muitas mensagens do exterior. Muitas vezes as nossas alterações de humor podem ter como base o toque ou a falta dele. Quem já teve a oportunidade de receber uma massagem, sabe bem os benefícios que daí advêem. Existem vários tipos de massagem: relaxante, terapêutica, estimulante... e todas elas contribuem realmente para o nosso bem estar tanto a nivel físico, mental, emocional como espiritual.
Será que nunca associaram diferenças na maneira de estar com a textura da roupa que vestem? Concerteza, e isso mais evidente nas mulheres pela maior versatilidade no vestir e sensibilidade, se usarmos uma peça de roupa de toque mais suave e fluido, isso quase funciona como uma constante carícia no nosso corpo e faz-nos sentir muito mais leves, descontraídos e até atraentes.
No Japão, por exemplo, as pessoas nunca se cumprimentam com um abraço ou um beijo. Fazem uma vénia, acto simbólico que já vem do tempo dos samurais e que simboliza: "oferecer o pescoço". No entanto compensam essa falta de toque trocando massagens entre familiares e tomando banho em conjunto. Acaba pode ser uma situação mais compensadora do que os nossos frios, distantes e mecânicos cumprimentos.
Li num livro, para mim extremamente interessante, "Reiki, o toque definitivo", de Paula Horan, uma abordagem sobre o toque que quero partilhar aqui, pela sua importância e por tudo o que me fez pensar. Antes queria só explicar que Reiki significa Energia Universal e é uma terapia de origem japonesa. Esta terapia é aplicada através da imposição das mãos, harmoniza o ser humano e promove a auto cura.
Apenas vou divulgar aqui dois pequenos parágrafos desse livro, que me ensinou muito, para que possam avaliar a profundidade da mensagem.
" O toque é uma das necessidades básicas do ser humano. Os bébés morrem se não forem tocados. Nos anos de formação, o conforto do toque de mãos humanas nos é tão necessário quanto o alimento e o abrigo. O toque é vital para a própria sobrevivência das crianças novas. Mesmo mais adiante, a necessidade continua. O adulto que não é tocado por ninguém, e também não busca tocar os outros, tende a sofrer uma lenta e agonizante morte emocional. Sem o toque, nós nos endurecemos. Construímos ao nosso redor uma casca dura, uma armadura protectora. Como diz o Tao Te Ching: o duro perece; só continua a viver o suave e flexível. É por isso que o recém-nascido é todo flexível e suave, ao passo que o cadáver é duro e rígido.
Embora a água seja mole, ela é capaz de desgastar penhascos rochosos. A suavidade ou moleza é uma qualidade muito importante na nossa vida. Aliada à abertura, ela pode nos dar uma força interior semelhante à da água, que transpõe todos os obstáculos e continua em seu fluxo. O toque tem o poder de alimentar essa suavidade de que precisamos para ser flexíveis, centrados e equilibrados- para nos sentirmos bem no corpo e no coração."
in " Reiki, o toque definitivo"- Paula Horan
2 Comments:
Ai mulher tu e o toque... o problema é que normalmente o toque, salvo raras excepções, entre duas pessoas que não tem laços familiares ou afectivos é visto com outros olhos... e pode levar a reacções inesperadas :)
Zezruspa... eu entendo isso perfeitamente. Já fui alvo de intrepretações erradas, no entando não deixo de acreditar nas coisas e vai sendo tempo de as pessoas "amadurecerem" um pouco. Não quero cruzar os braços às coisas em que acredito e penso podem ser melhores para todos.Possivelmente reagem assim precisamente porque estão carentes e isso é mau! Carinho nunca fez mal a ninguém!
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