A importância de sorrir


Em 1967, um jovem investigador, Paul Ekman, fez uma pesquisa exaustiva sobre o sorriso. Chegou à conclusão que no ser humano, a mímica é produzida por 42 músculos faciais e que existem 19 maneiras diferentes de sorrir, mas apenas uma única forma é verdadeira. Quando além da subida dos cantos da boca, se regista um pequeno enviesamento e contracção dos olhos, com rugas nos cantos e visíveis elevações das metades superiores das faces e os músculos orbiculares se contraem é que a pessoa mostra, verdadeiramente, alegria. Mesmo antes de estarmos conscientes do simples esboço de um sorriso, já inúmeras transformações ocorrem no nosso rosto ao nível de certos músculos faciais, mas só o movimento do músculo orbicular significa verdadeira alegria. Este músculo é muito difícil de comandar recorrendo só à força de vontade. Apenas 10% das pessoas possuem um domínio tão perfeito dos seus músculos faciais que lhe permite "produzirem" sem treino especial e, por assim dizer, a pedido, um sorriso verdadeiro. Mas o sorriso verdadeiro pode-se treinar. Ekman conseguiu provar, recorrendo a vários voluntários, que à medida que estas pessoas iam aprendendo a dominar os orbiculares, iam aparecendo nelas certos estados de boa disposição. Ekman registou as correntes cerebrais destes voluntários quando eles "imitavam" concientemente um sorriso verdadeiro, e, de facto os sinais eléctricos "acusavam" um considerável aumento de boa disposição. O sorriso torna as pessoas felizes, mas apenas e só o sorriso verdadeiro. O cérebro não se deixa enganar assim tão fácilmente.