Essencia de Mulher

Um blog para mulheres e homens de mente aberta

sexta-feira, setembro 29, 2006

Prioridades



Tratava-se de um jovem erudito, arrogante e convencido. Para atravessar um caudaloso rio, apanhou uma barca. Silencioso e submisso, o barqueiro começou a remar com diligência. De súbito, um bando de pássaros sulcou o firmamento e o jovem perguntou ao barqueiro:

- Bom homem, estudaste a vida das aves?

- Não, senhor-respondeu o barqueiro.

-Então, amigo, perdeste a quarta parte da tua vida.

Passados uns minutos, a barca deslizou junto de umas exóticas plantas que flutuavam nas àguas do rio. O jovem perguntou ao barqueiro:

-Diz-me, barqueiro, estudaste botânica?

-Não senhor, não sei nada de plantas.

-Então devo dizer que perdeste metade da tua vida- comentou o petulante jovem.

O barqueiro continuava a remar, pacientemente. O sol do meio-dia reflectia-se nas àguas do rio. Então o jovem perguntou:

-Sem dúvida, barqueiro, navegas nestas àguas há anos. Sabes alguma coisa sobre a natureza das àguas?

-Não, senhor, nada sei a esse respeito. Não sei nada sobre estas àguas nem sobre quaisquer outras.

-Oh, amigo!- exclamou o jovem.- Francamente, perdeste três quartas partes da tua vida.

Subitamente a barca começou a meter àgua. Não havia maneira de tirá-la e começou a afundar-se. O barqueiro perguntou ao jovem:

-Senhor, sabe nadar?

-Não-respondeu o jovem.

-Então temo, senhor, que perdeu toda a sua vida.

A sabedoria também comporta sabedoria quotidiana, não é apenas um cúmulo de conhecimentos emprestados, sem qualquer aptidão para poder resolver as dificuldades de cada momento.

in Os melhores contos espirituais do oriente, Ramiro Calle

O ser humano sempre teve necessidade de conhecimento. Muitas vezes preocupamo-nos em aprender, aprender e esquecemos coisas básicas. Hoje em dia busca-se muito a espiritualidade mas muitas pessoas vão esquecendo-se que precisam de viver no planeta Terra, com tudo o que isso implica. Curioso que oiço algumas pessoas dizerem que certas terapias deviam ser dadas de graça, mas mais curioso ainda é que a taxa de cura nas pessoas que usam essas terapias é maior quando pagam. Talvez pelo respeito que isso possa implicar, a atitude fica diferente. Talvez tenha a ver com a tomada de consciência de que somos espiritos a viver neste planeta. Também esquecem-se que ninguém vive do ar e que existe sempre muito investimento, a todos os niveis, dos terapeutas para que possam ajudar as pessoas como deve ser. Penso que conciliar o nosso lado espiritual com a vivência na Terra é um dos nossos grandes desafios.

quarta-feira, setembro 27, 2006

Gafes na Justiça



Todos nós cometemos gaffes. É bom que assim seja e que isso nos ensine a rir de nós mesmos e a termos a noção que ninguém é perfeito. Podemos até ser exigentes connosco e com os outros mas alguma vez na vida vamos cometer erros e é importante que sejamos flexiveis e tenhamos capacidade de aceitação pela condição humana. Nada como rir em certas alturas, mesmo que sejam embaraçosas, é uma maneira de serenar alguns estados de espírito que podem ser prejudicias. Até mais que as próprias gaffes. Aqui deixo algumas gaffes que me enviaram por mail. Desta vez vamos rir dos outros. Tente lembrar-se de alguma gaffe que tenha cometido. Tente lembrar-se de qual foi a sua reacção e agora... ria.

Pergunta: Essa doença, a miastenia gravis, afecta a sua memória?

Resposta: Sim

Pergunta: E de que modo é que ela afecta a sua memória?

Resposta: Bom, eu esqueço-me das coisas

Pergunta: Você esquece-se!!! Pode dar-me um exemplo de algo que você se tenha esquecido?

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Pergunta: Que idade tem o seu filho?

Resposta: 38 ou 35, não me lembro ao certo...

Pergunta: Há quanto tempo é que ele mora consigo?

Resposta: Há 45 anos.

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Pergunta: Qual foi a primeira coisa que o sue marido disse quando acordou naquela manhã?

Resposta: Disse: ONDE É QUE EU ESTOU BETA?

Pergunta: E porque é que se aborreceu com isso?

Resposta: Porque o meu nome é CÉLIA!

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Pergunta: O seu filho mais novo, o de 20 anos...

Resposta: Sim

Pergunta: Que idade é que ele tem?

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Pergunta: Então, a data da concepção do seu bébé foi a 8 de Agosto?

Resposta: Foi sim

Pergunta: E o que é que você estava a fazer nesse dia?

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Pergunta: Ela tinha 3 filhos, certo?

Resposta: Certo

Pergunta: Quantos eram rapazes?

Resposta: Nenhum

Pergunta: E quantos eram meninas?

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Pergunta: Poderia descrever o suspeito?

Resposta: Ele tinha estatura média e usava barba

Pergunta: Era homem ou mulher?

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Pergunta: Doutor, quantas autópsias já realizou em pessoas mortas?

Resposta: Todas as autópsias que fiz foram em pessoas mortas.

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Pergunta: Aqui no Tribunal, para cada pergunta que eu lhe fizer, a sua resposta deve ser oral, entendido?

Resposta: Sim meretíssimo

Pergunta: Que escola é que o senhor frequentou?

Resposta: Oral

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Pergunta: Doutor, o senhor lembra-se da hora em que começou a examinar o corpo da vitíma?

Resposta: Sim, a autópsia começou as 20:30

Pergunta: E o sr Décio já estava morto a essa hora?

Resposta: Não?! Ele estava sentado na maca, e perguntava porque é que eu estava a autopsiá-lo

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Pergunta: Doutor, antes de fazer a autópsia, o senhor confirmou o pulso da vítima?

Resposta: Não

Pergunta: Viu a tensão arterial?

Resposta: Não

Pergunta: Viu-lhe a respiração?

Resposta: Também não

Pergunta: Bom, então é possivel que a vítima estivesse viva quando a autópsia começou?

Resposta: Não, é impossivel.

Pergunta: Como é que o senhor pode ter a certeza?

Resposta: Porque o cérebro do paciente estava num jarro em cima da mesa

Pergunta: Mesmo assim, não podia acontecer que ele ainda estivesse vivo?

Resposta: Sim, é possivel que estivesse vivo e a exercer Direito!!!

terça-feira, setembro 26, 2006

Um ano passou...

No passado dia 23 este meu blog completou um ano de existência. Como ando sempre à procura de motivos para comemorar, não podia deixar passar esta oportunidade. Foi um ano em que muitas coisas aconteceram, boas e menos boas, mas o mais importante é que sinto que cresci e que "virei a página" para iniciar um novo capítulo da minha vida. O blog acabou por contribuir de alguma forma para esta mudança. Escrever, para mim, acaba por ser uma terapia. Tudo toma uma dimensão bem diferente quando passado à escrita. Escrever também ajuda a reflectir e toda a pesquisa feita acaba por dar os seus frutos. Não posso esquecer o enriquecimento que também tive através dos comentários aqui deixados e o debate de algumas ideias. Isso puxou muito por mim e até, algumas vezes, me surpreendi a mim mesma com ideias que me iam surgindo bem fundo do meu interior, nessa interecção com as pessoas. Muito obrigada por tudo.

sábado, setembro 23, 2006

O toque é sempre motivo de felicidade





Estou muito feliz. O stand na FIL tem sido um êxito. Não temos tido mãos a medir com tantas visitas. Tem sido muito gratificante. As pessoas estão a gostar muito e a interessarem-se. Já temos inclusive massagens marcadas para sabado e domingo. Realmente o toque pode fazer muito por uma pessoa.

terça-feira, setembro 19, 2006

Resposta a um desafio


Foi lançado um desafio no blog : http://anjonovalis.blogspot.com/. O mote é: Amor é. Aqui deixo a minha participação:
Amor é...
Um abraço, uma carícia, um beijo...
Enxugar as lágrimas ser um desejo
Amor é...
Dizer "não" a qualquer conflito
lutar pela Paz ser sempre o fito
Amor é...
Agradecer cada dia que passa
viver não é uma ameaça
Amor é...
Saber dar, saber receber,
ensinar e aprender
Amor é...
Abrir o coração ao Mundo
o Eu e o Tu tornarem-se num Nós profundo.

sábado, setembro 16, 2006

Saúde e bem estar



SALÃO INTERNACIONAL DE SAÚDE E BEM ESTAR

21-24 SETEMBRO 2006

FIL PARQUE DAS NAÇÕES

http://www.viversaude.fil.pt/

Para quem se preocupa com o seu bem estar e sáude aqui deixo esta sugestão. Gostaria também que não deixassem de visitar o stand da Associação Internacional de Shiatsu Do.

Para mais informações sobre a Associação Internacional de Shiatsu Do pode consultar o site: www.aishiatsu.org

quarta-feira, setembro 06, 2006

DOU POR ENCERRADO ESTE BLOG. MUITO OBRIGADA A TODOS OS QUE POR AQUI PASSARAM E POR TODO O APOIO E CARINHO DISPENSADO.

terça-feira, setembro 05, 2006

Onde anda a capacidade de amar dos jovens?


Há uns tempos atrás, numa conversa com um jovem na casa dos vinte, lamentava-se ele das relações afectivas. Sentia-se um pouco complexado porque não conseguia manter um namoro por muito tempo. Isso estava de certa forma a destruir-lhe a autoestima. Dizia-me que enquanto estava na fase da conquista era tudo muito bom, apesar de durar pouco, mas depois perdia todo o interesse. Penso que isto dá que pensar. Realmente os jovens hoje em dia têm tudo pronto. Poucos são os que conhecem o sabor da vitória depois de longas lutas. Normalmente se algo não resulta à primeira ou a segunda pura e simplesmente viram as costas e "partem para outra". Isso também acontece muitas vezes em termos de relações afectivas. Hoje em dia ninguém pede namoro a ninguém. É pena, porque só por si, o facto de o rapaz, sim era sempre o rapaz, quanto muito a rapariga enviava sinais, seduzia, tomar a coragem para o fazer, e a rapariga estar à espera, criava um clima interessante. O rapaz não queria levar um "não", a rapariga subtilmente ia dando a entender o seu interesse e penso que isso era gratificante, e já ajudava um pouco a conhecerem-se. Depois, agora, assim que começam uma relação, ou mesmo antes, "vão para a cama". Perde-se toda a fase de conquista, toda a magia, toda a fantasia por trás disso, perde-se a solidificação dos afectos que pode tornar tudo muito mais prazeiroso. Banaliza-se o sexo. Mas entendem que esta é uma forma de "agarrar" o outro. Só que parece ter o efeito contrário. Numa relação, hoje, tudo se cobra. É discutido a toda a hora quem faz mais, quem faz menos pelo outro. Porque não simplesmente dar pelo prazer de dar? Isto para não falar no facto de que ninguém está para aturar as crises da outra pessoa. Isso é muito "chato", o melhor é virar as costas porque uma relação é só para o "bem bom". Ter uma relação para ter "chatices" não vale apena. A facilidade com que se "brinca" com os sentimentos das pessoas é incrivel. Esquecem-se que é precisamente num momento de dificuldade que uma relação pode solidificar. Aí se vê a cumplicidade, o companheirismo, a entrega, compreensão... das pessoas.Outra coisa que acho curiosa são as "juras de amor eterno" usadas como manipulação. Mais espantoso ainda é como podem deixar de gostar de alguém de um dia para o outro. Eu não entendo isto. E os jogos que fazem? As máscaras que põem? As chantagens emocionais, as mentiras...? Porquê? Pergunto-me Porque não deixar correr e cada um ser simplesmente o que é? Será porque existem muitas carências? Medo da rejeição? Muito hábito de competetividade? Muita luta de poder?... Que se passa com estes jovens? Querem crescer depressa demais e atrapalham-se? Penso que todos nós queremos sempre crescer depressa demais mas ... era tudo bem diferente a este nível há uns tempos atrás. Não estou a generalizar, mas este não é o primeiro nem o segundo nem o centésimo desabafo que oiço com as mesmas caracteristicas. No fundo todos se queixam do mesmo mas continuam sempre a "representar" a mesma "peça".

domingo, setembro 03, 2006

Divagando sobre a solidão



Como já tenho repetido várias vezes ao longo de quase um ano de existência deste blog, eu aqui vou relatando um pouco da minha experiência de vida. Longe de mim querer impingir as minhas ideias, filosofias, crenças... . Simplesmente senti necessidade de as partilhar. Partilhando podemos aprender e ensinar muita coisa. Muitas vezes, nestes meus últimos anos de existência senti-me sozinha, desenquadrada do Mundo e nessas alturas gostaria de ter tido alguém com quem trocar ideias, ou que me fizessem questinar certas coisas, ou mesmo que me abrissem novos horizontes. Fui encontrando ajuda em livros, terapeutas... Dei conta também do quanto a escrita pode ser útil. Ao passarmos para o papel, ou ecran muitos dos nossos pensamentos, eles acabam por tomar uma dimensão muito diferente do que se os deixarmos estar num emaranhado de ideias soltas e confusas. A solidão, para mim, tem-se revelado um fenómeno muito interessante e de grande aprendizagem. Tive alturas em que me sentia extremamente sozinha, apesar de estar rodeada de amigos e família. Fui perdendo os amigos e alguns familiares afastaram-se. Muitas vezes revoltei-me com a solidão e com o pouco que eu sentia que as pessoas que me rodeavam faziam por mim. Para mim elas tinham obrigação de me tirar daquele sufoco. Nunca estava satisfeita. Hoje tenho a nítida sensação que as pessoas não faziam mais porque não podiam. Eu é que não estava receptiva, era como se estivesse cega. Foi preciso perder muita coisa mesmo para me dar conta que eu é criara a minha própria solidão , esquecendo-me de mim. Com muitas destas situações a repetirem-se vezes sem fim fui-me dando conta que o facto de nos sentirmos sozinhos não tem a ver com o Mundo que nos rodeia mas connosco mesmo. Em grandes momentos de solidão fui aprendendo a conhecer-me, a estar comigo, a aceitar-me, a perdoar-me, a não ser exigente comigo... Para mim tornou-se uma ilusão o facto de pensarmos que alguém nos pode tirar da solidão. Tudo tem de partir de dentro de nós. Quando aprendemos a gostar da nossa própria companhia, ficamos receptivos à companhia dos outros. Começamos a atrair situações cada vez melhores nesse sentido. Não tem sido fácil esta aprendizagem. Quando olho para trás e vejo o que passei, as coisas e pessoas que perdi, sinto que no fundo fisicamente nunca estive sozinha mas eu própria tinha-me abandonado. Daí a insatisfação e a pouca receptividade a tudo e todos.Tive de me encontrar. Estava dificil aprender a lição e os padrões foram-se repetindo de formas cada vez mais dificeis e complexas. Ainda hoje, por vezes, sinto-me sozinha. Com vontade de um abraço, de uma palavra amiga... Sou até capaz de chorar como uma criança que quer colo, mas rapidamente de recomponho e "abraço" esses momentos, aproveito-os para estar comigo. A minha vida está a mudar, esta aprendizagem vai continuar e outras virão. Espero é não criar resistências e estar mais alerta para as coisas não serem tão dolorosas. A meu ver nunca poderemos resolver um problema sem primeiro o resolvermos interiormente. Existem "trabalhos" que só podem ser feitos por nós mesmos. Os que nos rodeiam só podem dar "pistas" sobre o que está no nosso interior.

sexta-feira, setembro 01, 2006

Para descontrair um pouco...


Existem pessoas com muita imaginação e muito sentido de humor. Esta enviaram-me por mail:
Se o Mário Mata,
a Florbela Espanca,
o Jaime Gama,
e o Jorge Palma,
o que é que a Rosa Lobato Faria?
E, já agora:
Talvez a Zita Seabra para o António Peres Metello…