Essencia de Mulher

Um blog para mulheres e homens de mente aberta

domingo, dezembro 31, 2006

FELIZ 2007


À meia-noite quero estar bem atenta. Quero despedir-me do ano de 2006 agradecendo todas as aprendizagens que fiz, e todas as que iniciei. Quero despedir-me de tudo que não preciso mais para iniciar um novo ano mais leve, carregando apenas a Esperança. Pois é, 2006, foste muito marcante na minha vida, não vou esquecer-te apesar de só querer ficar com o que aprendi e deixar que leves contigo todas as mágoas, tristezas, dores... para que as possas transmutar em algo de bom. E podes acreditar que aprendi muita coisa até ao último dia. 2007, recebo-te de braços abertos e que Deus me ilumine para fazer de ti um ano muito especial desde o primeiro segundo. Já fiz a minha lista de objectivos... estou pronta!
FELIZ 2007 PARA TODOS

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Feliz Natal



UM FELIZ NATAL PARA TODOS

Um Tango para vocês...

São precisos dois para dançar Tango



Qualquer relação, seja de que ordem for, amizade, familiar, amorosa, precisa de "alimento" para sobreviver. Para manter um relacionamento é preciso que haja vontade de parte a parte. Como é costume dizer: "são precisos dois para dançar Tango" ou "quando um não quer dois não fazem". Tentem imaginar um par a dançar Tango na perfeição. Tem de haver entrega, sincronia, capacidade de resposta, mesmo ritmo, "conduzir" e deixar-se "conduzir", empatia, quase não existe distanciamento, só o estritamento necessário. Em certas alturas até parece que os dois corpos se fundem. No entanto existem duas pessoas que formam um par que dança. Tal como numa relação saudável: o Eu o Tu e o Nós. O respeito pela individualidade de cada um e pela relação que une dois seres. O distanciamento entre as pessoas pode provocar rupturas muito grandes. Já todos perdemos amigos, familiares, já tivemos desaires amorosos e sabemos que a distância pode ser uma das grandes causas. Pode, no entanto, ser um distância física ou emocional.Quando começamos a atribuir outro tipo de estatutos a uma pessoa, se passamos a considerá-la uma conhecida em vez de amiga, por exemplo, a pôr em causa sentimentos mais fortes que outrora já nutrimos por essa pessoa, na nossa mente começa a estabelecer-se um ruptura que se propaga até à parte emocional. Por vezes até quando, em poucas ocasiões, colocamos pessoas como inimigos é o suficiente para deitar a perder uma relação. Ligações ou distanciamento são muito fruto do que pensamos e consequentemente vimos a sentir.Já me dei conta que nem sempre a distância física provoca afastamento. Duas pessoas podem viver longe uma da outra mas se estiverem unidas através do pensamento ou de algum sentimento forte, se estiverem em "luta" para um dia estarem juntas, ou alimentarem essa esperança, os laços não se desvanecem.Por vezes também é uma ilusão querermo-nos afastar de alguém, que nos faz mal, mantendo sentimentos de raiva, mágoas, espirito de vingança, porque vamos-nos manter ligados dessa forma à pessoa. Quando existe distanciamento por parte de alguém, é difícil uma reaproximação. Um dos elos de comunicação cortou, deixa de haver ligação. Quando alguém que nos é querido morre, por exemplo, a dor é muito grande sem dúvida, mas acaba por desvanecer-se com o tempo e a distância. Quando alguém deixou de nos amar, também é uma situação muito dolorosa, mas não adianta "remar contra a maré". Há que "deixar ir" sem mágoas para que o "corte" não se prolongue e nos magoe por muito tempo. Não existem, a meu ver, relações unilaterais. Essas só nos podem causar desalento, dor, e até conduzir-nos a estados de baixa auto-estima, auto-confiança. Há que "cortar" o que é para "cortar" e "alimentar" o que é para "alimentar", analisando um pouco o porquê das situações. Não nos cruzamos com as pessoas acidentalmente na vida. Elas são muito o reflexo da nossa maneira de ser. Muitas são "usadas" para aprendizagens nossas, outras podemos "usá-las" inconscientemente para nos punirmos, para enganarmos a nossa solidão, o nosso ego ... Todas as relações têm o seu tempo nas nossas vidas: enquanto temos algo para ensinar e algo para aprender. No entanto também sinto que existem relações para toda a vida.... serão as chamadas almas gémeas? Por vezes até são relações bem dificeis e tortuosas, mas que permanecem e muito aprendemos com elas.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

A respeito desta quadra Natalícia...

Já várias vezes peguei em papel e caneta para escrever a carta ao Pai Natal. A única coisa que me ocorre é pedir: Pai Natal... faz com que este Natal e toda a época festiva passe bem depressa e que eu nem dê conta. A vida tem contradições engraçadas. Sempre adorei o Natal e sempre tive grandes decepções nesta época. Talvez porque sonhe muito alto. É uma quadra que sempre teve uma magia muito grande para mim, sinto-a no ar, mas... talvez por criar grandes expectativas, afogar-me em recordações, sentir as coisas de maneira diferente das pessoas que me rodeiam, conduz-me sempre a um estado de tristeza e nostalgia. O espírito do Natal deu lugar a um espírito de consumo, hipocrisia e cinismo. Famílias inteiras sentam-se à mesa, trocam presentes, sorriem, com aquela alegria forçada, como se durante todo o ano, ou toda a vida tivessem mantido entre si o espírito de familia. A minha mesa da Consoada cada vez é mais pequena: Uns já morreram e deixam uma enorme saudade, outros afastaram-se e deixam um misto de saudade e alívio, outros querem impôr a sua presença mas pelos motivos que sentimos estarem errados, outros estarão ou não, mas com um espírito diferente do meu. Talvez por obrigação, ou só por respeito a alguns membros da família. Tantas vezes se diz que o Natal é sempre que o Homem quiser...e quando é? Por onde anda o espírito de família? A partilha do bom e do mau, a cumplicidade, a união, o espírito de entreajuda, o respeito mútuo, a aceitação, o Amor...? Certas quadras não deviam existir por aquilo que nos fazem sofrer, analisando de uma forma fria e egoísta. Mas têm de existir mesmo, para que possamos reflectir sobre muita coisa. Para que tenhamos a oportunidade de mudar o que nos magoa. Para que deste modo possamos dar mais um passinho, por muito pequeno que seja, em direcção a um bem muito maior, que é o bem estar da humanidade. Talvez ao sentirmos a falta da família e/ou de um espírito de familia nesta quadra de Natal, nos leve a alargar mais os horizontes e pensar que todos na Terra deviam viver unidos por esse espírito. As nossas famílias são as pequenas células deste Universo, e existem muitas células doentes, e o planeta sofre. Se existem tantas famílias que não se dão bem como podemos exigir a Paz no Mundo? Comecemos pelas nossas famílias então. Já que não posso mudar o Mundo, peço a Deus que nesta quadra me ajude a manter o espírito de família, nesta ínfima célula a que está reduzida a minha família, e que esse espírito passe de geração em geração.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

terça-feira, dezembro 05, 2006

Nós... os outros...



Na vida vamos aprendendo muita coisa que até faz sentido, mas que é muito difícil de pôr em prática devido à forma como crescemos. Por vezes, costumo dizer que seria mais fácil para mim viver numa certa ignorância, porque dar-me conta que cresci segundo determinados parâmetros que neste momento considero estarem longe da minha realidade de hoje, não é fácil. Reeducar-me é viver de certa forma em conflito constante. Tomar consciência que a minha felicidade está nas minhas mãos, tomar consciência que a minha existência é fruto do que penso e sinto, foi complicado. Tomar as rédeas da minha vida tem sido uma penosa aprendizagem. Porque não me ensinaram isso de pequena, que só eu posso ser responsável por mim? Que só eu posso mudar o que há para mudar em mim? Que o que gira à minha volta é provocado por mim? Que não posso responder pelos outros nem modificá-los só respeitá-los? Que ajudar os outros não é poupá-los a certas coisas, mas deixá-los viver por si? Que não posso intreferir na aprendizagem de ninguém, porque estou a impedi-los de evoluir? Preocupei-me demasiado com os outros, vivi demasiado pelos outros, intreferi demasiado na vida dos outros não os deixando evoluir. Senti demasiado pelos outros, vivi demasiado dependente dos outros ao ponto de me tornar nos outros e esquecer a minha identidade. Dei-me conta da forma manipuladora que sempre usei, do controle que sempre exerci, para construir a minha felicidade à custa dos outros. Durante muitos anos achei que estava a ser correcta, que era a minha forma de amar. Hoje vejo o quanto estive enganada. A vida encarregou-se de me fazer ver estas coisas. Não consegui abrir os olhos a tempo de me poupar a uma dura lição. Pensem no que estão a fazer com vocês, com os outros, com a vossa vida. Se o que escrevo vos ajudar, no fundo este blog cumpre a sua razão de ser.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Homenagem

Dr Francisco Sá Carneiro, advogado, primeiro ministro- 1934-1980

Engº Adelino Amaro da Costa, engenheiro civil, ministro da defesa-1943-1980

Não sou muito de política, mas não queria deixar de prestar homenagem a estes dois homens, pela altura do 26º aniversário da sua morte. Foram duas pessoas que na altura da minha juventude me marcaram pela sua forma de estar e de ser. Nessa altura conseguiram cativar-me para a política. Na minha opinião nunca mais apareceram políticos e líderes desta dimensão.Lembro-me bem das manifestações da AD e de todo o entusiasmo e esperança que se tinha naquela altura por um Portugal melhor. Estou crente que estariamos bem melhores agora se não tivesse acontecido o "acidente" em Camarate, e se estes homens tivessem governado o País por muito tempo. Por estes homens terem existido é que continuo com esperança que um dia alguém de igual carisma apareça e "tome as rédeas" deste País.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Onde andam os médicos?


Nem mesmo pagando, o sistema de saúde simplesmente não funciona. Existem doentes a mais, ou médicos a menos? Ainda não estamos habituados a apostar na prevenção, mas estar doente é um perigo! Ontem toda a tarde tentei arranjar um médico que observasse a minha filha. Não consegui. Por todo o lado tinham a agenda super lotada. Ir ao Hospital de Cascais para mim é o último recurso, por isso resolvi levá-la ao Hospital das Descobertas. Duas horas de trânsito para lá, duas horas e tal de espera, num "inferno", que até no chão estivemos sentadas. Um ambiente pesado, não só pelas pessoas que estão doentes, mas pela impaciência de horas de espera. Foi atendida. O médico olhou para ela, que se queixava de uma dor atrás de uma orelha, estando o local inchado e vermelho, e simplesmente disse: Isto ou é garganta ou ouvido. Receito-lhe um antibiótico, um anti inflamatório que dão para as duas coisas. Isto não é normal, acho eu! Estarei enganada? Não estão os médicos a lidar com o bem mais precioso que temos: a saúde? Mais uma fila de espera para pagar, mais uma complicação porque a máquina do parque de estacionamento não tinha trocos, mais trânsito, mais saber a farmácia de serviço que estava à "pinha". Resumindo: Era quase meia-noite quando jantámos, ela desesperada com dores, e eu ainda continuo apreensiva sem saber o que ela realmente tem. Com este fim de semana alargado... penso que não vale apena procurar mais nada. Vou tentando ajudar com o que sei e ela toma os medicamentos.