Uma questão de pele

Um blog para mulheres e homens de mente aberta
Penso que todos temos em nós um espírito de guerreiro. É esse espírito que nos faz ir em frente mesmo quando pensamos que todas as forças se esgotaram. Quantas vezes já caímos no "campo de batalha" e nos erguemos para continuar a "lutar"? Algumas vezes essas quedas não são provocadas por aqueles a quem chamamos de "inimigos", mas por nós mesmos. Tropeçamos porque não sabemos manejar a "espada" da melhor maneira possivel. Por falta de prática, convicção, coragem, por distracção, cansaço, desmotivação... Tropeçamos na "armadura"porque ela está demasiado pesada com coisas do passado, coisas que não nos fazem falta, preocupações que não deviam ser nossas, medos que carregamos como "animais de estimação". Uma lembrança de um instante de medo no passado faz a cobardia voltar. Dúvidas que corroem como a ferrugem e nos prendem os movimentos. Tropeçamos porque não conhecemos o "terreno" e não ponderamos todas as hipóteses. Tropeçamos porque empurramos para o nosso "fiel cavalo" e companheiros de luta tarefas que deveriam ser nossas. Tropeçamos porque deixamos de acreditar em nós, deixamos de ter confiança, fé. Tropeçamos porque deixamos cair o "escudo" e sentimo-nos inseguros e desprotegidos e esquecemos que toda a segurança e protecção vem de dentro de nós mesmos. Tropeçamos porque não basta ver o que está à nossa frente, mas sentir tudo à nossa volta...Tropeçamos, caimos, levantamo-nos... e isso vai fazendo de nós guerreiros cada vez melhores e mais experientes.
Mesmo caídos no "campo de batalha", não é hora de cruzar os braços e ficar à espera do último suspiro. Há que lutar por nós, pelos companheiros de jornada, pela vida. Há que curar as feridas, renovar estratégias, praticar e desenvolver as nossas técnicas, limpar as "armas". As cicatrizes ficam para que possamos lembrar-nos dos actos heróicos pelos quais passámos e honrarmos a nossa força interior que vai muito além do que pensamos.
Enfrentemos cada batalha com espírito de vencedores, com espírito de guerreiro.
Fotografias tiradas por Fosforo
(para ampliar basta carregar em cima da fotografia)
Momentos... momentos que uma fotografia capta. Quantos momentos já perdemos nós na nossa vida? Com que "lentes" estamos a ver a vida? Sempre pensei que as pessoas que se dedicam à fotografia ficam mais sensíveis ao momento, aos pequenos pormenores, às oportunidades... será verdade? Apetece-me dizer: quando for grande quero ser fotógrafa, aprender a apanhar instantes, a olhar de maneira diferente os pequenos nadas, a observar a vida por outras "lentes".
Obrigada Fosforo por partilhares estas cores da Natureza que os teus olhos viram e fixaram nestas fotografias que eu adorei.
E cá vamos nós a iniciar um novo trajecto no tempo, carregando esperança e sonhos. Já dizia Joseph Joubert, um ensaísta francês:" A esperança é um empréstimo que se pede à felicidade". Penso que todas as grandes mudanças na nossa vida e em tudo à nossa voltam começam no nosso interior. É sempre bom olharmos para dentro de nós e sentirmos quem somos e o que desejamos. Um feliz 2006!