Cenas do próximo capítulo












Um blog para mulheres e homens de mente aberta
Este post é dedicado a uns amigos meus que se encontram neste momento no deserto do Sahara. Convidaram-me para ir com eles, mas senti que não era ainda o momento para o meu encontro com o deserto. Mas estou com eles em espírito. Eles são um dos melhores acontecimentos dos últimos tempos da minha vida. Vieram-me recordar o significado da palavra Amizade. Trouxeram-me a frescura de um oásis à minha vida. Faz pouco tempo, recebi um telefonema. A minha amiga quis que eu ouvisse o vento do deserto. Fiquei emocionada. Ela sente o quanto o deserto significa para mim. Ao atravessarmos o deserto, estamos acompanhados pela força da Natureza num dos seus estados mais puros. Ela faz-se sentir no calor da areia, no vento que sussurra mensagens, nas cores que nos enchem de energia, no silêncio que nos sossega o pensamento. Tal como minúsculos grãos de areia conseguem unidos mostrar-nos a imponência do deserto. Também nós assim fazemos parte do Universo. Atravessamos por vezes verdadeiros "desertos" nas nossas vida e também estamos sempre acompanhados. É uma questão de estarmos atentos. Estou com vocês, meus amigos! Bem hajam por existirem!
Achei curioso este artigo. O ser humano sempre teve necessidade de provar tudo científicamente. Só assim parece acreditar na existência das coisas. Também vai-se dando conta do quanto a linguagem verbal, escrita e matemática é insuficiente para explicar certos fenómenos. Quantas vezes já aconteceu, conhecermos uma pessoa, e apesar de toda a sua simpatia sentirmos que algo não bate certo? Quantas vezes conhecemos pessoas e elas nem precisam de expressar-se para sentirmos uma enorme empatia? Há muito que acredito existir uma linguagem muito subtil entre seres vivos transmitida unicamente através da sua presença. Já dei conta que essa linguagem pode ser consciente ou não. Por vezes transmitimos aos outros coisas que desconhecemos, ou não queremos aceitar em nós. Conseguimos ver para além do que nos é mostrado. Já pensaram quantas coisas podemos captar diáriamente, que não damos conta e que se vão armazenando na nossa memória? Tudo faz parte da nossa experiência de vida e acredito que é-nos dado a conhecer aquilo que precisamos para o nosso trajecto aqui enquanto seres humanos.
Deixo aqui duas sugestões de uns "programas" que eu gostava de fazer e que vou tentar fazer. Até ao dia 26 deste mês de Agosto, na pousada de São Filipe em Setúbal, são recriados os jantares e ambientes da Idade Média, com trajes medievais para os convidados, música e trovadores, saltimbancos e visitas guiadas aos subterrâneos da fortaleza. ( A partir de 50 euros por pessoa)
Até dia 9 de Setembro, no cenário ímpar da Quinta da Regaleira em Sintra, pode-se assistir à representação de Hamlet de Shakespeare. Com encenação de Rui Mário e intrepretado pelo Teatro Tapa Furos, tem o atractivo de ser um espectáculo volante representado ao ar livre (pelo que se aconselha calçado confortável e agasalhos). De quinta a sábado pelas 22:00 horas; domingos às 20:00 horas. Bilhetes:15 euros.
Aqui ficam então as sugestões. Eu pessoalmente sempre senti um atractivo muito grande pela época medieval, e ando há muito tempo para ir visitar a Quinta da Regaleira, pelo seu grande simbolismo. Gostos!
Quando o meu filho fez anos fez aqui em casa um jantar com os amigos. A minha filha e uma amiga de ambos disseram-me que não me preocupasse com o bolo de aniversário porque ficava por conta delas. O dia foi passando, aproximava-se a hora do jantar e elas nada de aparecerem. Tinham ido a praia. Chegaram mesmo em cima da hora com um saquito de supermercado anunciando que iam fazer o bolo. Só fiquei com cara de interrogação e preferi nem tecer comentários. Cá vai a receita da nova geração. Prática , e pelos vistos com sucesso para o paladar desta juventude, porque não sobrou nada!
Receita:
Ingredientes:
2 caixas familiares de gelado. Uma de baunilha e chocolate, outra de baunilha e morango
3 pacotes de bolachas em foma de triângulo próprias para gelado
1 tablete de chocolate preto
Confecção:
Forra -se o fundo de um pyrex com pequenas bolas, ou pedaços de gelado de baunilha. Em seguida uma camada de bolachas que se separam em dois longitudinalmente. Nova camada de gelado, desta vez alternando bolas de chocolate e morango. Mais um camada de bolachas e por último uma camada de gelado de baunilha. Colocar o pyrex no congelador.Derreter o chocolate (se não dissesse para o fazerem em banho Maria, que era técnica desconhecida, imagino o que seria) e verter na sobremesa na hora de servir.
Já estou como aquele anúncio: "Eu ainda sou do tempo"... em que se faziam os gelados em casa. Mudam-se os tempos... mudam-se os paladares.
Citação: Paulo Coelho in "o Diário de um Mago"
Imagem: Ilha Azul de Ivan Raposo
Hoje "caiu-me esta citação no colo". Realmente o ser humano é um "animal sociável". Realmente precisamos sempre uns dos outros. Um soldado ir sozinho para um campo de batalha tem morte certa. Por vezes, acontece as pessoas não lutarem no mesmo sentido e se cada um "remar" para seu lado, o barco não sai do sítio. Mas existem pessoas que são verdadeiras "ilhas". Curioso que tenho atraído algumas para a minha vida. Será que tenho de aprender a ser um pouco "ilha" para encontrar mais equilíbrio? Sempre gostei muito da palavra: "partilhar" e tudo o que ela implica, e fui aprendendo muita coisa nesse sentido. Principalmente que temos de aceitar as pessoas tal como elas são, senão acabamos sempre a cobrar. Também aprendi que o facto de sermos "bonzinhos" pode esconder por trás uma manipulação inconsciente. Eu tomei consciência disso em relação a mim. Durante muitos anos eu fiz muito o que as pessoas esperavam de mim por diversos medos. É engraçado como vamos tomando consciência destas coisas. Também outra coisa que venho a esforçar-me por aprender:"Se alguém tem fome, não lhe dês um peixe, ensina-o a pescar". Para mim tem sido muito difícil porque tenho dificuldade em dizer "não" e gosto de facilitar os caminhos às pessoas. Mas acaba por ser um paradoxo, porque enquanto professora de matemática, nunca resolvi um exercício a um aluno, mas sempre o punha a pensar em voz alta para lhe ir orientando o raciocínio. Como professora sempre achei que não devia facilitar e resolver os exercícios, assim nunca iam aprender. O relacionamento humano tem muito que se lhe diga... mas o certo é que precisamos SEMPRE uns dos outros.